No início dos anos 1960, a governabilidade do Brasil estava um caos. A crise era complexa e profunda. A inflação era alta, o PIB diminuía e, embora o governo tivesse boa base de sustentação na Câmara e no Senado, por se aproximar muita da esquerda, não consegui concluir seu mandato. O PTB e a UND, maiores partidos da época, se gladiavam em torno do poder sem se interessarem pelo povo. Na época da efervescência da Guerra Fria, só existiam duas opções: os admiradores do imperialismo Ianque ou os admiradores do dinheiro de Moscou.
Hoje, a governabilidade também está um caos e muito pior. Não é apenas a inflação alta, mais sim, a recessão que assusta o povo brasileiro. Embora o governo (hoje de esquerda) ter ampla maioria no Congresso e no Senado, por se aproximar muito da corrupção, não consegue governar de forma adequada. O PT e o PSDB, partidos que disputam as eleições majoritárias, também se gladiam pelo poder sem pensar no povo.
Nos anos 60, o povo não teve participação alguma no Golpe Militar de 1964, e a esquerda e direita não estavam nem ligando para o que esse povo pensava. Se é que esse povo pensava em política.
Saber do preço do arroz, do feijão, mistura, da alta do combustível e de ter segurança era muito mais importante do que política. Ambos, a esquerda e a direita, iriam transformar o país em uma ditadura. A árvore pendeu para a Direita e aconteceu a Ditadura.
Hoje, o povo participa bem mais da política do que nos anos 60 e os partidos que lutam pelo poder não liga para bem do país, querem alcançar e permanecerem no poder pouco se importando se os menos abastados estão comendo bem e com segurança. A única diferença do jogo do poder daquela época para a atual, é que a esquerda hoje está no poder e não temos mais Ministros Militares para um novo Golpe.