Um manifesto pela internet recolhe assinaturas de consumidores em Marília para pedir ao Ministério Público a abertura de uma investigação sobre eventual cartel ou abusos nos preços de combustíveis da cidade. Polêmica antiga, os valores provoca onda de indignação agravada pela política de reajustes da Petrobras que já provocou alta histórica dos valores cobrados.
Na cidade, a discussão é alimentada pela repetida acusação de existência de um cartel, que obrigaria todos os postos a cobrar valores semelhantes. Os postos negam.
“É inadmissível o alto preço que já pagamos nos combustíveis no Brasil, e ainda ter que engolir a diferença gritante no preço em nossa cidade, com relação às cidades vizinhas que operam preços bem mais acessíveis, e mais ainda, é inadmissível convivermos calados com as suspeitas de formação de Cartel”, diz o texto do manifesto na internet.
O documento foi divulgado pelo empresário e profissional de Tecnologia da Informação Fernando Alves Carvalho dos Santos, com a previsão de recolher 500 assinaturas. Atingiu 275 até meio-dia desta segunda.
“Cidades vizinhas, a menos de 40km de distância de Marilia, como Pompéia, operam em valores até 30 centavos abaixo do praticado em Marília. Num raio de 100km, como em Bauru, os preços praticados estão até 60 centavos mais baratos que aqui”, diz Fernando na postagem.
A adesão deve ser feita pela internet na página do abaixo assinado – clique aqui – e o documento deve ser encaminhado à Curadoria de Defesa do Consumidor, ocupada pelo promotor José Alfredo de Araújo Sant´Anna.
A acusação de cartel e abusos já provocou outros procedimentos no passado, mas a apuração esbarra na dificuldade em provar acordo dos postos para definição dos preços e na liberdade das empresas para definirem os valores a serem cobrados.