Um grupo de educadores de Marília divulgou nesta quinta-feira uma Carta Aberta em defesa da alimentação do corpo escolar com extensão da merenda para professores e funcionários nas escolas. Pedem ajuda da população com um abaixo-assinado
Lançada por um grupo identificado como Frente dos Professores, a carta foi direcionada especialmente à Prefeitura de Marília, ao Conselho Municipal de Alimentação e à Direção Regional de Ensino do governo do Estado.
“Desde o retorno das aulas presenciais os professores das escolas estaduais de Marília, junto com as merendeiras, são obrigados todos os dias a levarem marmitas para fazerem suas refeições na escola, muitas vezes utilizando um mesmo micro-ondas – quando tem disponível”, diz o documento.
Segundo a carta, o valor destinado à alimentação escolar proveniente de financiamento Federal, em várias cidades já é usado para que professores façam sua alimentação junto aos alunos, “tendo uma alimentação digna e saudável, acompanhado por um cardápio elaborado pelas nutricionistas e, ao mesmo tempo, cumprindo um papel pedagógico de socialização”.
O documento diz ainda que o trabalho do professor tem sido precarizado nas escolas públicas de todo o estado de São Paulo.
“Os professores da rede estadual seguem sem reajuste salarial, com direitos congelados e condicionados à reforma da previdência, que obrigará os professores a trabalharem na sala de aula até os 55 ou 60 anos de idade e, acima de tudo, impedidos diariamente de fazer suas refeições com a merenda disponível na escola.”
A Frente dos Professores afirma também que merenda escolar produzida e não é consumida pelos alunos é jogada fora.
“Todos os dias, as unidades escolares de toda a região se desfazem das refeições que os estudantes, por opção, escolheram não fazer. Um efeito colateral disso ainda é a diminuição da quantidade de merenda feita, o que inviabiliza muitas vezes a repetição ou mesmo a oferta da refeição aos estudantes.”
Acesse aqui o formulário para assinar o documento e apoiar a ideia. Veja a íntegra da carta.