Marília

“Abraço à Fila” reúne dezenas e divulga doação de órgãos

“Abraço à Fila” reúne dezenas e divulga doação de órgãos

Pelo menos 200 pessoas de mãos dadas caminhando em torno da Santa Casa de Marília mostraram hoje seu apoio à campanha Setembro verde, que pretende popularizar a doação de órgãos e sensibilizar mais famílias. A iniciativa da equipe técnica da Santa Casa de Marília mobilizou clubes de serviços, Sest/Senat, cursos da área de saúde e muitos voluntários.

O “abraço” foi a principal atividade pública da campanha que será marcada ainda pela celebração do dia do doador, no domingo. Todos os participantes receberam uma fita verde que acabou servindo para formar uma grande corrente e unir todo o grupo. O encerramento foi feito com os participantes na escadaria e rampa de acesso ao hospital.

O Sest (Serviço Social dos Transportes) levou uma comitiva de integrantes dos grupos de atividades para a terceira idade, que oferece eixos de trabalho em Saúde, Cultura, Cidadania e Lazer e Esportes.

O atendimento promove atividades todas as quartas-feiras, segundo o promotor de esportes e lazer Adilson Alves de Souza, que acompanhou a comitiva. Ele explicou que a cada semana é desenvolvido um modelo de atividade.

Para uma das coordenadoras, a fisioterapeuta Izabel Travitzky, o resultado aparece tanto no grande número de participantes quanto nas estatísticas de transplantes. “O resultado está na aceitação das famílias em doar órgãos. As estatísticas mostram que melhoramos 400% no prazo de um ano. Promovendo diálogo, tirando dúvidas, esclarecendo fica mais fácil na abordagem para chegar às famílias e pedir doações”, explicou.

Não há estatísticas sobre número de órgãos perdidos todos os anos por falta de doação. Cada doador pode ajudar até oito pacientes com doações de rins, coração, pulmões, pâncreas, fígado, além das córneas.

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A fila é mais dramática para pacientes com problemas no coração. Diferente dos renais crônicos, que podem fazer a hemodiálise, não há medidas que permitam contornar o problema para aguardar transplante. Mas mesmo para os renais é uma espera angustiante.

“O mais difícil é a ansiedade mesmo. O que eu diria às famílias é que é importante doar, muita completamente a vida dos transplantados”, contra Valter Mikio Kimoto, 34, que durante 18 anos fez hemodiálise até conseguir um rim.

Ele descobriu paralisação dos rins por nefrite já na UTI, não sabia que tinha os problemas até ser internado. Hoje os exames já permitem antecipar a descoberta dos problemas e iniciar intervenção.

As sessões de hemodiálise promovem filtragem do sangue por sistema mecânico, substituindo trabalho dos rins. O número de sessões por semana depende das condições do paciente. A Santa Casa atende 190 pessoas atualmente. As sessões duram até quatro horas.

São duas salas de equipamentos, que envolvem ainda acompanhamento de profissionais. Uma megaestrutura, moderna, funcional e cara, que os transplantes podem ajudar a reduzir.