Acadêmicos dos cursos da área da saúde da Universidade de Marília (Unimar) realizam o projeto de extensão “Saúde Íntima”, que tem como objetivo compartilhar informações com alunos do ensino médio sobre sexualidade, saúde íntima e autocuidado. Nessa semana, os alunos da Escola Estadual Maria Cecilia Ferraz de Freitas, na zona sul da cidade, receberam os acadêmicos e em um contexto educativo, com espaços de diálogo aberto e descomplicado, os alunos conseguiram sanar dúvidas que, às vezes, têm vergonha de perguntar aos pais ou responsáveis.
Segundo a coordenadora do curso de Enfermagem da Unimar, Prof. Dra. Tereza Lais Menegucci Zutin, o projeto tem como objetivo reunir estudantes de diversas áreas para abordar com os jovens temas que muitas vezes são considerados tabus.
“A iniciativa surgiu a partir da percepção dos alunos, durante as palestras que realizamos nas escolas, sobre a necessidade de ampliar a conversa para além das infecções sexualmente transmissíveis (IST). Nesse contexto, os estudantes podem fazer perguntas anonimamente, que são respondidas pelos acadêmicos da Unimar de forma descontraída, utilizando uma linguagem jovem e amigável”, explica.
O Projeto “Saúde Íntima” é realizado por acadêmicos dos cursos de medicina, enfermagem, nutrição e publicidade e propaganda. “Há um ano, começamos o projeto e já passamos por diferentes escolas de Marília. O interessante é que em cada uma, conseguimos sanar dúvidas diferentes e, também, aprender muito com os jovens, principalmente, porque são alunos de diferentes cursos que explicam mediante sua visão profissional, gerando um enriquecimento para todos os envolvidos”, complementa.
A aluna da E.E Maria Cecilia Ferraz de Freitas, a Lorena Torrente, participou da roda de conversa, e disse que achou muito importante ter essa oportunidade de aprendizagem.
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“Para muitas meninas esses assuntos são vistos em casa como tabu e nem todas têm acesso a essas informações. Muitas meninas não têm educação sexual em casa, não têm a oportunidade de conversar com os pais sobre isso. Então eu acho que é uma oportunidade muito boa de poder espalhar essas informações para as meninas que não têm esse acesso mais detalhado”, destaca.
A coordenadora pedagógica da Escola Estadual Maria Cecília Ferraz de Freitas, Mariane Oliveira, falou sobre a importância do projeto. “É um trabalho riquíssimo em informações para esses jovens. Nós atuamos com uma faixa etária em que é preciso ter esse conhecimento, porque muitos jovens têm baixo conhecimento sobre esse assunto, por não ter abertura em casa ou por não saber procurar as informações verídicas pelos meios de comunicação, como na internet. Então, é um projeto muito rico, que auxilia muito e as meninas vão levar essas informações como bagagem para a vida toda”, destaca.
A acadêmica do curso de medicina da Unimar, Evelyn Vitória Rodrigues, destaca que o projeto tem sido muito interessante, pela oportunidade de aprendizagem com cada turma.
“A cada dia temos uma experiência diferente, nenhum dos encontros são iguais e sempre muito especial. Hoje a gente vê aqui o interesse das meninas em saber sobre higiene, ciclo menstrual e, também, poder entender o que está acontecendo fisiologicamente com elas. Percebemos que são dúvidas pertinentes e que por mais que pareça simples, são complexas para os jovens. Por isso, vejo que é muito importante o nosso papel na educação íntima.
