Marília - A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) apresentou à Justiça em Marília proposta de acordo e já paga aluguel social após bloqueio de conta por dívida na interdição de um conjunto habitacional.
Envolve os custos de acolhimento social após interdição de conjunto habitacional da companhia em risco de desabamento. A interdição ocorreu em 2024 e desalojou moradores de 880 apartamentos da zona sul de Marília.
A prefeitura e a CDHU deveriam pagar de forma solidária. Só a prefeitura pagou. A CDHU ignorou as queixas de abandono, ignorou o risco judicial de interdição durante o processo e durante alguns meses ignorou a obrigação de pagar. Até ter conta bloqueada.
O desbloqueio da conta, além de liberar R$ 3,1 milhões da companhia, encerra um entrave jurídico na vida da CDHU. Com a proposta do acordo, a empresa apresentou um cronograma de pagamentos.
Faz acordo e já paga aluguel
Prevê nove parcelas para regularizar tudo que a prefeitura pagou sozinha. Ou seja, nove meses em que a CDHU vai pagar sem participação do município de Marilia. A proposta de acordo tem apoio da prefeitura.
A primeira, em especial, antecipou custos de abril deste ano. A última deve ocorrer em dezembro.
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Após a regularização, a CDHU assume o pagamento normal de metade dos custos pelo aluguel social. A empresa e a prefeitura ficam devendo ainda um plano de realocação das famílias que perderam suas casas.
As duas ainda vão ter conta milionária a pagar por indenizações que provocam condenações quase diárias em centenas de ações judiciais.
Muitas delas já entraram em fase de execução do pagamento. Representam R$ 30 mil para cada morador – em algumas unidades há mais de um com nome no financiamento -.
As execuções podem provocar, inclusive, novas situações de bloqueios de recursos. Em qualquer das hipóteses, a CDHU e a Prefeitura vão pagar pelo abandono dos prédios.
Mas como ambas vivem de impostos e dinheiro do cidadão, adivinhe quem paga a conta, afinal.
