Luís Paulo Machado de Almeida, 21 anos, acusado de provocar a colisão que levou à morte a estudante de medicina Catarina Mercadante, na noite de 29 de janeiro na rodovia SP-333, está preso.
Ele fez uma apresentação voluntária à Polícia Civil em Ituverava, a 366km de Marília e a 14km de Guará, cidade em que vive.
Segundo registro da prisão feito pelo 1º Distrito Policial daquela cidade, Luís Paulo estava acompanhado por um policial civil e por dois advogados que o representam no caso. Ele passou por exame de corpo de delito e foi encaminhado prisão para ser colocado à disposição da Justiça.
A prisão de Luís Paulo atende uma ordem da 1ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça que atendeu pedido do Ministério Público Estadual em recurso contra uma decisão da 1 Vara em Assis, responsável pelo processo.
O MP havia pedido a prisão de Luís Paulo, acusado de dolo eventual – situação em que a conduta assume risco da consequência, no caso a morte da menina – mas o pedido foi rejeitado pelo juiz Adugar Querino do Nascimento.
O TJ acompanhou voto do relator Alberto Anderson Filho e por decisão unânime decretou a prisão preventiva. A defesa ainda pode recorrer contra a medida. Além disso, a prisão preventiva pode ser revogada em diferentes momentos do processo.
“Votaram pelo provimento do recurso interposto pelo Ministério Público para decretar a prisão preventiva de LUIS PAULO MACHADO DE ALMEIDA… Expeça-se mandado de prisão com prazo de validade até 27 de fevereiro de 2043”, diz a decisão.
Catarina retornava de final de semana com os pais, em Assis, e seguia para Marília, onde estudava no 4º ano de Medicina na Unimar. A picape dirigida por Luís trafegava na contramão e atingiu o Polo da estudante. Ela morreu no local.
Luís disse aos policiais que cochilou ao volante, mas testemunhas apresentaram, depoimentos e até um vídeo para mostrar que ele dirigia em alta velocidade e fez repetidas ultrapassagens em faixa contínua.
A defesa contestou a acusação. Uma audiência está marcada para o dia 17 de maio.
A morte da estudante provocou uma grande mobilização em redes sociais e uma conta – @justiçaporcatarinamercadante, que tem pouco mais de 70 mil seguidores.