Alex Amarildo de Oliveira, conhecido como Rico, e Edson Santos da Silva, o Dinho, acusados de envolvimento em disputa por pontos de vendas de drogas em Marília vão ser julgados em Presidente Prudente como forma de evitar influência sobre jurados.
A disputa entre grupos rivais ficou conhecida como Guerra do Tráfico há pouco mais de dez anos. Além deles há mais seis acusados de envolvimento na disputa.
A transferência do julgamento, tecnicamente chamada de desaforamento, atende um pedido da defesa de Rico, feita pelo advogado Carlos Thomé, em função da grande repercussão do caso e divulgação de informações e imagens. O Ministério Público concordou.
“A imparcialidade dos jurados já teria sido rompida em julgamento anterior de Edson dos Santos, quando se narra que os senhores jurados, reconhecendo a materialidade e autoria delitivas, absolveram aquele réu com base no quesito genérico de absolvição, muito embora a defesa não tenha apresentado qualquer tese nesse sentido, e ainda, parte dos jurados posteriormente tenha procurado o juiz presidente e revelado o temor em condenar o réu”, diz trecho da decisão para transferência.
O caso envolve acusações de homicídio consumado e tentados, formação de quadrilha, posse ilegal de arma de fogo e roubo. ALém de Rico e Dinho estão no processo Pedro Junior Alves Macedo, o Coruja; Rafael Baldoíno, o Rafazoio; Maurício de Lima Rodrigues, o Careca; Philiphe Bolfarini, o Pinho; Rafael Yuri Guilherme e Pedro Alves de Souza Neto.