O Ministério Público do estado denunciou o administrador Leonardo Cafer Júnior por homicídio qualificado na morte da transexual Marcelle Brandina, assassinada no dia 10 de dezembro de 2019. O juiz Décio Divanir Mazeto, da 3ª Vara Criminal de Marília, recebeu a denúncia e mandou citar o acusado. Leonardo é formalmente réu pelo crime e pode ser levado a juri popular.
Com a acusação, o MP apresentou um pedido de prisão preventiva de Leonardo, que foi preso horas depois do crime, depôs, confessou o assassinato mas conseguiu liberdade poucos dias depois.
Na decisão em que abriu o processo, o juiz da 3ª Vara Criminal negou nova prisão com o argumento de que a libertação do acusado recebeu parecer favorável do Ministério Público.
Determinou a citação de Leonardo e a inclusão do laudo da necropsia no laudo. Marcelle foi morta por asfixia no quarto do motel durante um encontro com o administrador.
Em seu depoimento, o acusado disse que o crime foi uma reação emocional a uma tentativa de extorsão da trans, a quem acusou de exigir dinheiro para não divulgar o relacionamento dos dois.
Leonardo, casado e pai de duas filhas, é administrador formado em Marília com especializações e estava desempregado na época do crime.
O juiz abriu prazo de dez dias após a citação para que Leonardo apresente sua defesa prévia com identificação de provas que pretende apresentar e relação de testemunhas.