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Advogado cadeirante de Marília levanta para mostrar benefícios de cannabis medicinal

Lucas Dantas levanta em audiência no STJ para defender cannabis medicinal
Advogado cadeirante, Lucas Dantas levanta para defender cannabis medicinal

O advogado Lucas Dantas, de Marília, cadeirante com quadro grave de artrose, ganhou repercussão nacional por momento em levanta em audiência para mostrar benefícios da cannabis medicinal.

A imagem mostra parte da sustentação oral que o advogado apresentou durante sessão da 1ª Seção do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A sustentação toda dura cinco minutos – assista na página da Maria Flor -.

O tribunal considerou juridicamente possível a concessão de autorização sanitária para plantio, cultivo e comercialização do cânhamo industrial. Veja a decisão no site.

Ele falou em nome da Associação Cannábica Maria Flor, também de Marília, entidade pela qual tem acesso à cannabis medicinal.

Gravação mostra reações no STJ

“Muita gente vem falar contra a produção, contra a semente e contra o THC. Mas eu gosto de trabalhar com medicina baseada em evidências. Então, com medicina baseada em evidências, com o óleo da Maria Flor, eu vou encerrar essa sustentação de pé.” Disse o advogado.

Logo depois fica em pé e finaliza com um ‘muito obrigado a todos”. Ganha aplausos.

Advogado cadeirante levanta

Lucas Emanuel Ricci Dantas, 34 anos, é também professor e pesquisador em Direito. Teve diagnóstico de paralisia cerebral que não impediu sua formação e especialização.

Mas em 2020 sofreu artrose no quadril que provocou perda de mobilidade e muitas dores. “Eu andava, andava bem até, com andador ou bengala.”

O uso da cannabis medicinal em produção pela Maria Flor reduziu as dores e trouxe ganho de mobilidade sem cirurgia: medicina embasada em fatos.

A repercussão da defesa vai de escritório de advocacia no Rio Grande do Sul a um projeto de musicoterapia na Bahia.

Defender cannabis medicinal

Mas a emoção e a boa decisão do STJ não encerram o caso e as disputas. A União deve recorrer e os tratamentos precisam mais liberdade.

“O STJ fixou limite em 0,3% de THC (o princípio dóleo e outros derivados da cannabis medicinal). Mas há patologias que demandam níveis acima disso”, explica.

Maria Flor apresenta todo ciclo de produção da cannabis medicinal

A ação tramita a pedido de uma empresa de biotecnologia que defende direito de produzir insumos para a produção dos insumos.

A Maria Flor entrou no processo como amici curiae –amiga da corte –. Permite colaborar na decisão em virtude de interesse em outra demanda.

A Maria Flor já tem disputa contra a União e a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) para liberar a produção de insumos e produzir o óleo para pacientes. O caso está suspenso para a discussão da ação no STJ.