Fã de Pelé, torcedor do Santos, advogado, aponsetado da Unesp desde fevereiro de 1994, pai e avô, Ataliba Monteiro de Moraes guarda em sua casa na zona leste de Marília alguns “troféus” e documentos de histórias, momentos importantes da vida do Rei do Futebol.
Há situações muito especiais, como o encontro pessoal que teve com Pelé na década de 80, em Marília, onde o rei esteve para inauguração de uma loja.
Os ‘troféus’ vão ficar para os filhos e netos, conta o advogado, que começou a carreira na Unesp em 1969 como Assistente de Administração e encerrou como Diretor Administrativo. Entre 1994 e 2013, atuou como chefe de divisão na Procuradoria Seccional da União em Marília.
Parte da história divide com amigos e agora leitores. Veja abaixo:
“A história de dois troféus que tenho do Rei Pelé.
O primeiro, na despedida de Pelé na Seleção do Brasil, no Morumbi, em São Paulo, no dia 11/07/1971.
Sempre fui fã de Pelé, muito mais do que torcedor do Santos Futebol Clube. Aliás, há alguns anos deixei até de assistir pela televisão jogos de futebol. Para mim, o futebol perdeu a graça.
Tive o privilégio de assistir a três outros jogos do Santos de Pelé. Dois contra o Noroeste de Bauru e outro, na cidade de Ribeirão Preto, quando na inauguração do estádio Palmas Travassos, do Comercial Futebol Clube daquela cidade.
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Guardo com muito carinho recortes de jornais da época, dois fascículos da Revista “Era Pelé”, documentário histórico fotográfico de quando recebeu o título de Atleta do Século e um da revista Placar, de agosto de 1989, comemorativa dos 1000 gols de Pelé.
Bem, como anunciado à época, havia sido programada a despedida de Pelé pela Seleção do Brasil, no penúltimo, na cidade de São Paulo, contra a Seleção da Áustria.
Juntando os “trocados”, consegui ir à cidade de São Paulo e assistir àquele memorável jogo de futebol, do qual além da lembrança das jogadas de Pelé, guardei com muito carinho o canhoto do ingresso daquele jogo.
O segundo é um autógrafo concedido pelo Rei. No início no ano de 1981, como a pouco tempo noticiado pela imprensa local, Pelé veio à cidade de Marília para participar da inauguração da filial da Loja Modelar, então localizada na Rua São Luiz, entre as Ruas José de Anchieta e São Carlos.
Chegamos cedo. Minha esposa Dulcinéa ficou em nosso carro (fusca), a algumas quadras antes, com nossa filha Greice, com pouco mais de um ano de vida e eu fui como nosso filho, Ataliba Monteiro de Moraes Filho, até aquele local.
Não havia espaço para nada. Muito antes do horário programado para a inauguração, uma multidão fechava a rua por quase todo quarteirão.
Queria, como todos os ali presentes, obter autógrafo do Rei a qualquer custo, mas não tinha naquele momento se quer um pedaço de papel porque o que tinha levado, haviam tirado de minhas mãos por algum espertalhão.
Tive uma brilhante ideia. Tirei a camisa de nosso filho, coloquei-o sobre meus ombros e com muita dificuldade, para falar o mínimo, consegui chegar ao local onde se encontrava o Rei.
Muito solícito com todos, pegou a camisa de minhas mãos e autografou-a.
Tais troféus deixarei para meus netos como lembrança do Rei de Futebol.
Ataliba Monteiro de Moraes”