O advogado Douglas Motta de Souza protocolou na prefeitura de Marília, Corpo de Bombeiros e Ministério Público uma representação para pedir uma vistoria técnica de segurança e obras para acessibilidade, instalações elétricas e gerais de uso no edifício Ouro Verde, um dos mais antigos e tradicionais prédios comerciais da cidade.
Douglas Souza, que ocupa uma sala no edifício para desenvolvimento de suas atividades profissionais, diz que o Ouro Verde não oferece estruturas mínimas exigidas pela lei de acessibilidade. Inclui fotos de diferentes pontos de escadarias do prédio e dificuldades para locomoção de pessoas com necessidades especiais de mobilidade.
Também aponta ligações elétricas com fios expostos, corrimãos cortados ou ausentes em trechos das escadarias e falta de licença de uso, que estaria vencida.
O síndico do condomínio, também advogado, Ovídio Nunes Filho, disse que a vistoria venceu recentemente e o prédio aguarda a vistoria dos Bombeiros. Afirmou que o Ouro Verde realmente precisa de alguns investimentos em modernização mas espera aprovação e repasses de todos os proprietários.
O síndico afirmou ainda que o próprio reclamante promoveu algumas reformas na sala que ocupa, inclusive por solicitação de outros condôminos em função de vazamento, e apesar das intervenções não apresentou ao condomínio nenhum projeto técnico das obras executadas.
“Precisa melhorar a acessibilidade, temos a proposta de troca de fiação, reformas, mas tudo isso envolve um custo alto, que precisa ser aprovado e financiado pelos próprios. Reformamos elevador, apresentamos reformas de fachada, estamos discutindo”, afirmou.
O Ouro Verde fica na avenida Sampaio Vidal, próximo à prefeitura. Construído na década de 50, o prédio de seis andares oferece pelo menos 25 salas comerciais, ocupadas principalmente por advogados e prestadores de serviços.
Foi o primeiro edifício de uso comercial na cidade, construído pelo investidor Jupira Souto e segundo relato do historiador Paulo Correra de Lara, já falecido, foi totalmente vendido em oito dias. A cidade vivia na época grande expansão das lavouras de café, que deram o nome ao prédio: Ouro Verde, como os grãos eram chamados.