Marília

Aeroporto perde ponto de combustíveis; aviação executiva prejudicada

Jato durante decolagem em Marília: sem abastecimento a partir de janeiro – Daniel Da Silva Pereira‎Marilia Plane Spotting
Jato durante decolagem em Marília: sem abastecimento a partir de janeiro – Daniel Da Silva Pereira‎Marilia Plane Spotting

A BR Aviation, operadora do grupo Petrobras para venda de combustíveis de aeronaves, fez nesta segunda-feira, 31, seu último dia de abastecimento para aviões a jato ou turbo-hélices – como os usados pela companhia Azul – e restringe serviço à aviação executiva em Marília.

A desativação é novo capítulo em uma relação conturbada da empresa com a Azul, que há alguns dias deixou de abastecer seus aviões em Marília. O custo seria motivo para conflito. O litro de querosene custa na faixa de R$ 6. Em São Paulo o valor é de R$ 4,5.

Mas se a Azul tem estrutura para escolher com facilidade, aviões executivos de Marília e cidades próximas perdem. Além disso, a cidade se complica como ponto de parada para jatos em passagem.

Donos de jatos e turbo hélices da cidade e vizinhas terão que reabastecer em Bauru ou Araçatuba. Tradicionalmente essas aeronaves chegavam à cidade com reservas de segurança, como períodos de 1h30 de voo.

Agora, além de uma parada a mais para abastecer antes de viagem, ainda enfrentam situações de alto custo: um voo de jato para Bauru fica caro, são minutos no ar com rápida aceleração e desaceleração e alto gasto.

No caminho inverso, vindo a Marília, os aviões terão que parar em Bauru ou Araçatuba, abastecer e fazer novo voo para a cidade.

Aviões monomotores ou bimotores, como os usados pelo aeroclube, são abastecidos com gasolina para aeronaves e continuam com serviço normal na cidade.

Segundo dados do Daesp, departamento estadual de gestão e monitoramento de aeroportos, Marília tem o quinto em volume de passageiros e voos entre as cidades do interior paulista e o terceiro em volume de cargas (veja gráfico abaixo).