O Daca (Diretório Acadêmico Christiano Altenfelder), que representa os estudantes de Medicina da Famema, lançou nas redes sociais uma série de cartas abertas à população para demonstrar preocupação com o que chama de “caos no internato” e acusa a instituição de destruir estádios.
Segundo os alunos, mudanças administrativas, falta de professores e a transferência de serviços provocaram situações que prejudicam a qualidade de formação dos futuros médicos na instituição. A direção nega falta de professores ou assistentes.
A primeira carta foi divulgada no dia 10 de julho. Desde então os estudantes já divulgaram mais quatro documentos sobre o que apontam como falta de supervisores para aprendizado na prática além de problemas relatados por servidores de outros setores.
No dia 11, uma carta em nome da 47ª turma de medicina diz que as mudanças de estruturas provocaram efeitos ao atendimento público e ensino.
“Os estágios da clínica médica da instituição foram totalmente destruídos pela redução drástica no número de leitos. Em meio ao caos, os docentes da área – sempre desprezados e com baixíssimos salários – se vem obrigados a abandonar a Famema”, diz o documento.
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No dia 12 de julho outra carta, com o título “Caos na Clínica Médica”, os alunos diz que “no HC I, a situação está caótica devido à perda dos preceptores (médicos experiente, que auxilia na formação dos residentes)”, diz o documento.
“No HC III, os leitos foram cortados, devido à transferência do ambulatório Mário Covas. O estágio passará a ser realizado no HC I. Mas ainda não se sabe como será mantida a característica de média complexidade da enfermaria (pois a demanda por maior complexidade no HC é alta); e também não se sabe sobre quem serão os preceptores desse novo estágio e quais atividades didáticas estarão garantidas.”
Em nota, a diretoria da Famema disse que “o número de docentes, assistentes de ensino e preceptores se mantém adequado aos cursos de Medicina e Enfermagem. Os profissionais para as disciplinas são contratados através de processo seletivo, quando há necessidade.”
A Famema informou ainda que “a diretoria da instituição está aberta ao diálogo. A Famema mantém os canais de conversação com a comunidade interna.”
