Marília

“América para os americanos”

O título dessa crônica nos remete as primeiras décadas do século XIX, quando o então presidente dos EUA, James Monroe, instituía a chamada Doutrina Monroe que consistia em reconhecer a independência dos países latinos americanos, além de impedir a influência europeia no continente.

Nesta quarta (24) o Presidente boliviano Evo Morales no poder desde 2006 tentava concorrer a mais um mandato (2020-2025) e foi derrotado pela própria população em um referendo. Se tivesse ganho, Evo ficaria mais de 20 anos no poder. Também nesta quarta, soube da morte de Ramón Castro, irmão do Raul e de Fidel Castro.

Os Castros estão no poder em Cuba desde a Revolução em 1959, ou seja, quase 57 anos. Na Venezuela, o Chavismo, primeiro com Hugo Chaves e agora com Nicolás Maduro já completa 17 anos e quando Maduro deixar o poder em 2019 serão 20 anos no poder em um país que está mergulhado em crise econômica sem procedentes. E o que falar do Brasil?

Pois bem, ao final do mandato de Dilma em 2018 serão 15 anos de poder do PT no país. Com um belo governo e cheio de esperanças que esses dias melhores iriam continuar, praticamente o Brasil inteiro abraçou o Lula. Depois vieram o Mensalão, Petrolão e como disse um amigo meu, o Itaquerão (referência às construtoras que atuaram na construção dos estádios para a Copa no Brasil) o país também foi jogado em uma crise política, econômica e ética nunca antes vista na sua história.

Os países citados acima estão sob comandantes de esquerda e fica óbvio que as esquerdas já há muito tempo não encantam mais, nem aos mais românticos revolucionários ou ideólogos, marxistas e tudo com istas pelo mundo afora.  A América para os americanos não cabe a nós, mais sim aos norte-americanos. Porém, aposto que se o Monroe soubesse em que iria se transformar parte da América Latina e do Sul, ele iria preferir governos nos moldes europeus do que nos moldes esquerdistas.