O Ministério Público do Estado deve retomar na próxima semana um inquérito civil com aproximadamente três anos de tramitação para acompanhar a grande procura de pacientes por sessões de equoterapia na cidade.
A investigação já revelou que a fila pelos procedimentos é mais de dez vezes maior que o número de vagas pelo único projeto de atendimento público de Marília, mantido pela Polícia Militar com história de sucesso e reconhecimento geral. O desafio: abrir mais vagas.
O inquérito ficou suspenso para atender um pedido de prazo da prefeitura na análise de possíveis convênios com instituições privadas que ofereçam o serviço.
Durante a suspensão, o principal investimento municipal anunciado foi uma importante obra de ampliação da estrutura oferecida pela Polícia, que vai ganhar salas para material de montaria e acessórios e para atendimento terapêutico.
Há dez dias a prefeitura divulgou que a obra atingiu 80% de conclusão. É um avanço em uma estrutura de qualidade, mas não implica em ampliação das vagas.
A PM mantém o projeto há 18 anos e atende por volta de 25 pacientes por ano. Só a PM indica pelo menos 60 pessoas na fila. O Ministério Público contabilizou pouco mais de 200 pacientes que aguardam vaga de atendimento.
A terapia oferece equipe multidisciplinar de atendimento a pacientes com necessidades especiais durante montarias em cavalo.
É indicada a pacientes com necessidades especiais, como crianças e adolescentes com paralisias diversas, TEA (Transtorno do Espectro Autista) e deficiência intelectual, entre outras condições adversas.
Oferece segurança e consciência sobre as potencialidades do próprio corpo. A andadura do cavalo gera estímulos sensoriais importante para reabilitação motora, além de melhoria na sociabilidade.