O analista do Ministério Público Marcelo Linhares deve processar a empresa Azul Linhas Aéreas por danos morais e materiais provocado pelo atraso de duas horas em um voo neste domingo. Marcelo era um dos passageiros na linha entre Bauru e Campinas com escala em Marília pelo vô 4417 que ficou em terra para “manutenção não programada” após problemas na aeronave.
Ele dependia de uma conexão em Campinas para participar de um concurso público no Rio Grande do Sul. Perdeu o vôo por causa do atraso e apesar de procurar alternativas junto à companhia em Campinas não conseguiu ser realocado para vôo de outra empresa ou em horário compatível.
“O único vôo que me ofereceram foi um com previsão de chegada às 17h40. A prova era às 18h. A orientação geral é chegar uma hora antes. E mesmo assim, chegando às 17h40 no aeroporto não conseguiria estar na prova no horário”, disse o advogado.
O prejuízo pode ser calculado em alguns valores financeiros – a viagem até Campinas,hotel reservado, custos do concurso – e outros incalculáveis, como perder a possibilidade de fazer a segunda fase do concurso ou todo o tempo que ele passou em preparação e estudos para as provas.
O advogado explica tentou a primeira solução ainda em Marília, com o avião parado em manutenção. Procurou a companhia para pedir um atraso na decolagem do vôo de conexão ou alguma medida para encaixa-lo em outra companhia.
“A Azul me deu de volta o dinheiro da passagem e me enfiou em um hotel, mas o prejuízo é imensurável”, afirmou Marcelo Linhares. “A funcionária informou que isso que poderia fazer. Qualquer outro tipo de indenização só através da justiça”, contou.