Marília

Ano novo – Eduardo Nascimento vê 2023 intenso e de batalhas; ‘otimista para 2024’

Ano novo – Eduardo Nascimento vê 2023 intenso e de batalhas; ‘otimista para 2024’

O presidente da Câmara de Marília, Eduardo Duarte Nascimento, diz em entrevista ao Giro Marília que 2023 foi um ano ‘intenso’, relata o que considera batalhas do mandato e diz estar ‘otimista’ em relação a 2024, com expectativa de mudanças na cidade.

Nascimento respondeu a questionário como outras autoridades e personalidades que tetão textos divulgados entre este domingo e a segunda-feira pelo Giro Marília. Confira a entrevista do vereador e acompanhe os outros textos

Como avalia 2023 na sua área de atividade e especificamente na sua atuação?
Acredito que em 15 anos como vereador, já que estou no meu quarto mandato, esse foi o mais intenso, o que exigiu mais coragem e entrega, afinal boa parte do meu trabalho foi lutar por causas em que estava do lado mais fraco, do lado onde a corda arrebenta, e em lutas como essas a gente precisa se multiplicar e se desdobrar para incomodar os poderosos e balançar as estruturas para que algo seja feito pelas autoridades.

Como Presidente da Câmara, fui ainda mais procurado pela população e procurei atender a todos.

Para citar alguns exemplos, nesse ano tivemos a confirmação em Audiência Pública realizada na Câmara de que havia 3500 cidadãos de Marília na fila por cirurgias de Catarata. Em outra Audiência Pública, questionei se os recursos de R$ 5 milhões que estavam prestes a serem destinados a troca do gramado sintético do MAC seriam suficientes para zerar essa fila. Foi confirmado pela autoridade competente que sim. E demos publicidade a isso nas nossas redes sociais. Então “escancaramos” a questão das prioridades que uma administração precisa ter, uma tecla na qual batemos bastante. A troca do gramado não ocorreu, mas continuamos acompanhando o caso da fila da catarata.

Esse foi um caso emblemático, mas travamos diversas outras batalhas, como a da cada vez mais urgente ação para salvar as famílias do Conjunto Habitacional “Paulo Lúcio Nogueira” (CDHU Zona Sul), a da necessidade de salvar os serviços de saúde prestados pelo P.A Zona Sul e UPA Zona Norte, ameaçados por atrasos e déficit nos pagamentos para a prestadora de serviços hospitalares. *Importante ressaltar que todos os questionamentos fizemos via requerimento, cumprindo nosso papel de fiscalizar o executivo.

Além disso, trabalhamos na Câmara ecoando a voz dos marilienses sobre o problema da falta d’água, em muito decorrente da falta de investimentos.

Nessa mesma linha, fiscalizamos e denunciamos situações inaceitáveis para uma cidade com os recursos de que dispõe Marília, como falta de ventiladores nas escolas. Veja, não se trata de apenas apontar problemas, meu posicionamento sempre é, como nesse caso, o de mostrar: “olha, tem R$ 300 milhões de orçamento para Educação, não dá para justificar que tenha escolas com salas de aula sem ventiladores”.

E não é fazer tempestade em copo d’água, esse caso das escolas também é muito simbólico, estamos falando do futuro da nossa cidade, afinal qual futuro terão as crianças e adolescentes de Marília relegados a estudar em salas de aula sem nenhuma refrigeração no calor quase insuportável que tivemos esse ano? E os professores?

Claro que é um trabalho inglório, mas tivemos vitórias, graças ao engajamento dos cidadãos na briga. Também ressalto a questão da falta de materiais básicos nas UBS, a falta de combustíveis nas ambulâncias e resgate.

E vamos continuar cobrando. Apresentamos também a aprovação de Projetos de Lei que nos deram muita satisfação, como o projeto que reconhece a Associação Canábica em Defesa da Vida, também chamada Associação Canábica Maria Flor, como de utilidade pública. Foi um ponto alto do nosso mandato ver o projeto ser aprovado por unanimidade, a alegria dos representantes da entidade que estavam presentes, a emoção de colegas vereadores ao falarem do tema, foi muito bonito e revigorante.

Além, de projetos que se tornaram leis, mas infelizmente, não foram regulamentadas, como a do professora auxiliar em sala de aula. Continuamos lutando para a aplicação dessa lei e de muitas outras. Sobre a valorização dos servidores públicos, lutamos incansavelmente. Lutamos também para o município implantar o piso da enfermagem e de outras categorias. Serviço público se faz com pessoas.

O que a população pode esperar de sua atuação no próximo ano?

A população pode esperar firmeza, garra, coragem e vontade de fazer o que é possível na esfera do Legislativo. Incansavelmente vamos cobrar e fiscalizar o poder executivo. Muitas coisas não estão ao alcance do vereador, são competência exclusiva de quem tem a caneta na mão no executivo.

Mas enquanto for vereador, meu trabalho de vereador vai ser exercido com inteligência, ouvindo a população e defendendo o certo e o justo de forma enfática e coerente, sem deixar que as tentativas de intimidação tirem meu foco do trabalho. Vamos trabalhar muito! Vamos trabalhar pelo povo, por Marília!

O que projeta para 2024 na cidade e na vida pública de Marília?

O próximo ano é novamente um ano eleitoral. Uma projeção otimista é que devido a isso, a cidade deve receber mais investimentos.

Ainda há quem tenha essa mentalidade de deixar pra fazer coisas grandes e que chamem atenção no ano eleitoral, com a ideia de que a última impressão é a que fica. Ainda que seja algo que eu veja como atrasado e ruim para a cidade (e para o Brasil, já que não é só aqui), fato é que Marília precisa de investimentos.

Não é a terceirização que irá resolver esses problemas. É a valorização do servidor e o investimento em políticas públicas que corrigirão tudo isso. Na vida pública, acredito que os marilienses querem mudança, querem que as prioridades mudem.

É o meu sentimento e o meu desejo. Acredito que Marília pode muito mais, mas que pra isso, muita coisa precisa ser arrumada, é preciso colocar a casa em ordem. Mas estou otimista e com muita vontade de contribuir. Marília tem conserto!