A Apae (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais) inaugurou nesta quinta-feira uma estrutura inédita de serviços na área, que pode ser referência para outras instituições, desenvolvida para dar orientação e capacitação profissional a alunos com necessidades especiais da entidade e toda a rede pública.
O Siese (Serviço de Inclusão Especial Social e Empresarial) nasce com apoio de empresas, voluntários e do poder público para formar até 50 alunos por turma. Pode oferecer cursos gerais ou por demanda, para atender necessidade de mão-de-obra no comércio, indústria ou prestadores de serviços da região.
“É um serviço novo, que vai oferecer uma capacitação diferenciada, direcionada a grupo de alunos especiais que revelem aptidão e desenvolvimento. O Serviço vai qualificar, o que é uma medida de inclusão, de preparar para a vida social. E aí o emprego é consequência”, explicou o presidente da Apae, João Adelmo Foresto.
O dirigente explicou que o serviço não atende apenas alunos da Apae, mas qualquer estudante da rede pública municipal ou estadual que apresente necessidades especiais e possa ter suporte do serviço.
Até a disposição do prédio dentro da área da Apae foi pensada a atender alunos de fora, com acessos e serviços independentes da estrutura central.
“Reafirmo uma posição da Apae que não é de competição com a rede pública. Não vemos a rede pública como concorrente. Se a rede pode atender alunos especiais, bom. Se ainda é necessário que a Apae atende, se os pais mostram desejo de ter a orientação oferecida pela Apae, bom também que possamos participar. E este novo serviço segue a mesma linha.”
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O novo serviço, que leva o nome do empresário Jesus Montolar, falecido em 2003, teve apoio de pelo menos 30 marcas, com destaque para o programa Tauste Ação Social, responsável pela construção do barracão de 350m² que abriga três salas, banheiros – incluindo um com adaptação total de acessibilidade.
O empresário Rogério Montolar, proprietário da rede Tauste, e o diretor do programa Ação Social, Guilherme Cunha, acompanharam a solenidade, além do prefeito Vinícius Camarinha, representantes de diferentes instituições da cidade e funcionários da Apae.
“O que esse serviço oferece são possibilidades. A verdadeira obra começa agora. Pedra, cimento, tijolo não fizeram a obra real. A obra mesmo começa com os cursos, que vão atender os alunos, vão criar oportunidades onde não existiam”, disse Guilherme Cunha.
Ele destacou o espírito diferenciado dos alunos da Apae que chegam ao mercado de trabalho. “São exemplos como profissionais. Não se atrasam, não deixam de ir, têm vontade de aprender e fazer mais.”
Além dos especialistas e técnicos da entidade, os cursos podem contar com parcerias com o Senai ou Senac. O diretor do Senai, Ronaldo Sotrate , disse que essa é a intenção. “O Senai mantém programa de inclusão muito eficiente, tem diferentes cursos e projetos nesta área e desde o começo da ideia, nas primeiras conversas com o presidente da Apae, vimos a possibilidade de unir as instituições”, disse Sotrate.
O prefeito Vinícius Camarinha lembrou que a Apae é parceria constante do município, elogiou os investimentos e a importância da entidade e do envolvimento das empresas. Lembrou iniciativas da prefeitura, como a doação de área para sede própria do projeto Espaço Potencial, de atendimento a crianças e adolescentes com autismo.
