Marília

Apas culpa inflação pelos preços altos na Páscoa

Apas culpa inflação pelos preços altos na Páscoa

Os supersupermercados do Estado de São Paulo esperam aumento de 8% nas vendas com o movimento de Páscoa nos próximos dias, atá sexta-feira santa, no dia 25 de março. Depois do Natal, esta é a melhor data para as vendas nos supermercados, um termômetro de como será o decorrer do ano.

Segundo a APAS – Associação Paulista de Supermercados, as vendas de produtos de Páscoa, se comparadas ao mesmo período de 2015, deverão ter crescimento nominal de aproximadamente 8%. 

Segundo o gerente de Economia e Pesquisa da APAS, Rodrigo Mariano, é esperado um aumento de 12% nas vendas de chocolates. Ele culpa a inflação acumulada pela alta nos preços.

“Com a inflação elevada ao longo de 2015, os preços de ovos de Páscoa podem levar mais consumidores a procurar outras opções de chocolates, como caixas de bombons e chocolates em barra, por exemplo. Isto por um lado favorece a venda de chocolates em geral, mas deve prejudicar as vendas de ovos”, comenta.

Rodrigo explica que, diante deste cenário, a indústria busca estratégias para ajudar nas vendas e uma delas é a produção de ovos menores, reduzindo o preço do produto.

A associação projeta reajustes em torno de 15%, e isso se dá por diversos fatores, entre eles a variação do dólar, o preço do açúcar que aumentou ao longo dos últimos meses, alta no custo de mão de obra e o aumento no preço da energia elétrica e dos combustíveis, o que impacta diretamente nos custos de produção dos chocolates e ovos de Páscoa.

Além dos chocolates, o setor registra aumento na venda dos pescados (em especial o bacalhau), vinhos e azeites, entre outros. A Colomba Pascal é outro produto de destaque, que também é um dos itens de preferência do consumidor.

A indústria de alimentos vem aumentando o mix de produtos ofertados nesta época do ano e, consequentemente, o consumidor tem experimentado cada vez mais estes itens.

“Os supermercados terão que negociar ainda mais com os fornecedores para manter os preços em patamares estáveis de um ano para o outro”, enfatiza. 

Rodrigo destaca que o setor supermercadista negocia exaustivamente com os fornecedores para conseguir preços menores nos itens de Páscoa e busca sempre as melhores condições para os consumidores, considerando variedade de produtos, qualidade e preços atrativos.