Marília

Após calote, UPA corta atendimentos em até 70%

Após calote, UPA corta atendimentos em até 70%

A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da zona norte de Marília, única na cidade e criada para ser modelo de saúde pública, cortou 70% dos atendimentos à população.

Seis meses e uma semana depois de ser inaugurada, a “maior obra da história na área da saúde” realizada pela Prefeitura de Marília amanheceu com cartaz na porta que informa: devido à falta de pagamento estamos atendendo apenas casos de urgência e emergência”.

A medida pé uma resposta a seis meses de atrasos. Desde a entrega, em maio deste ano, a Organização Social de Saúde Hospital Beneficente, contratada para gerenciar os serviços, não consegue receber de forma regular.

O rombo com a UPA chega a R$ 3,3 milhões e não há previsão de prazo para pagamentos e reestabelecimento dos serviços normais. Segundo a Prefeitura de Marilia, a culpa pelos atrasos é do governo federal que não faz repasse de R$ 250 mil acordado para atendimento.

Em nota distribuída no início da noite desta segunda-feira, a prefeitura diz que “com diminuição da receita por causa da crise econômica está havendo uma reprogramação” que impede os pagamentos à UPA.

A UPA mantém por volta de 11 mil atendimentos mensais em diversas áreas de procedimentos. Realizou muitos atendimentos regionais, inclusive em situações de emergência. Os repasses comprometem gastos com pessoal e insumos.

Segundo a direção da unidade, além do atraso há uma situação mais grave: falhas no relacionamento. A prefeitura teria apresentado diferentes prazos com promessas de pagamento que não foram cumpridas.