Esse é o quarto artigo que escrevo falando sobre turismo em nossa cidade. Conforme vou escrevendo, coisas positivas vêm acontecendo e reforçando a necessidade de olharmos para essa atividade de uma forma diferente, mais madura e profissional. Na última semana o Ministério do Turismo (MTur) adotou uma nova metodologia para categorizar os municípios brasileiros. A partir de quatro variáveis de desempenho econômico: número de empregos, de estabelecimentos formais no setor de hospedagem, estimativas de fluxo de turistas domésticos e internacionais. Os 3.345 municípios do Mapa do Turismo Brasileiro foram agrupados em cinco categorias, de A até E.
Marília foi classificada como categoria B. Esse grupo tem 167 municípios, o equivalente a apenas 5% das cidades categorizadas pelo Ministério do Turismo. São destinos turísticos de 20 estados, com participação expressiva de localidades das regiões Sudeste, Nordeste e Sul. Isso significa que tudo o que temos falado nas últimas semanas, agora foi “carimbado” pelo órgão maior do turismo nacional.
Há pouco mais de dois meses, o Conselho Municipal de Turismo formou um grupo de entidades / empresas para colaborar com o município na elaboração do primeiro Plano Diretor de Turismo de Marília. Desse grupo participam a UNIMAR, FAIP, o Instituto Leopardo, o Marília Convention & Visitors Bureau e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Esse trabalho tem como objetivo organizar e propor ações para a gestão pública em prol da atividade turística do município.
As pesquisas de campo já foram iniciadas. O trabalho é duro. Esse grupo tem a missão de criar números que nunca foram auferidos. É preciso entender e conhecer melhor quem vem a Marília, quando e porque vem, quantos dias ficam, quais seus hábitos de consumo. Além disso, será mapeada toda a oferta de estrutura receptiva e de atrativos de nossa cidade.
Temos como pano de fundo, uma expectativa de preparar o município para ser reconhecido pela Câmara dos Deputados do Estado de São Paulo e pelo DADE – Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias – como “Município de Interesse Turístico – MIT”, uma nova categoria de Estância, que renderia uma boa verba mensal do Estado para uso exclusivo no turismo, gerando, como conversamos nos primeiros artigos, uma melhoria na estrutura da cidade.
A cidade precisa apresentar um Plano Diretor de Turismo e obedecer a uma série de critérios bastante rígidos para se encaixar em tal lei. Cabe a nós neste momento fortalecer as iniciativas geradas por este grupo voluntário, o CONTUR – Conselho Municipal de Turismo e cobrar para que a gestão pública continue colaborando para que este documento seja gerado da melhor forma possível, priorizando os interesses da população, de forma totalmente apartidária. Independente da aprovação do Estado e da vinda da verba, esse Plano precisa ser respeitado e deve orientar as ações futuras desse e dos próximos governos que virão.
Gilberto Rossi Jr. – Bacharel em turismo; pós-graduado em administração hoteleira; mestre em turismo e gestão cultural pela Ibero Americana/SP e mestre em comunicação pela UNIMAR. Docente de curso de graduação e pós-graduação e Gerente Executivo do Marília e Região Convention & Visitors Bureau.