Marília

Brigas, denúncia de ameaça a atletas e repercussão negativa atingem atletismo de Marília

Discussão, empurra-empurra, denúncias de agressões e ameaças – Reprodução
Discussão, empurra-empurra, denúncias de agressões e ameaças – Reprodução

Celeiro de talentos e medalhas que são vitrine para Marília, o atletismo da cidade deu um péssimo exemplo nos bastidores e repercutiu com uma até na Confederação da modalidade com uma briga na segunda-feira que virou caso de polícia e envolve denúncias mais graves.

O desajuste da segunda teve bate-boca, denúncias de agressões e acusações de uso do poder público para pressionar atletas são algumas das novas informações. A prefeitura foi procurada e vai ficar em silêncio.

O caso repercutiu com uma mensagem do presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Wlamir Santos, que manifestou indignação com o que chamou de assédio moral e violência e disse que vai pedir o acompanhamento do Ministério Público para o caso. Publicou o vídeo com a mensagem “o atletismo de Marília merece respeito”.

A mensagem de Wlamir ganhou interações de treinadores e atletas em Marília e diferentes cidades do país. Esquilo é conhecido por acompanhar atletas da cidade que se tornaram campeões nacionais e olímpicos, como Thiago Braz ou Jadel Gregório.

A briga tem mais de dois anos. Envolve também críticas sobre má conservação do poliesportivo Pedro Sola, acusações de falta de equipamentos, limpeza e suporte aos atletas.

Agravou-se neste mês. No dia 4 um protesto na Câmara pediu mudanças na Secretaria com a previsão de mais ações públicas. E chegou ao bate-boca desta segunda.

Há um nome em evidência nos ataques, o do técnico1 Luiz Carlos Albieri, o Esquilo, treinador de oito dos marilienses que brilharam no mundo. Foi ele quem denunciou ofensas, uma agressão sem maior gravidade, uma tentativa que falhou e a pressão sobre os jovens. Também já vinha fazendo as críticas nos últimos anos e em 2022 já teve situação de conflito pessoal. 

É um servidor público aposentado. Mas fazia as críticas ainda em serviço. Rendeu pressões e até uma sindicância, que perdeu sentido com sua aposentadoria. Ainda assim só foi arquivada ontem. Enquanto a Corregedoria fazia o laudo que seria públicado só hoje, a briga no ginásio aconteceu.

Além de Albieri, o treinador Alecsandro Ramos, o Lecão, e atletas que atuam com eles estariam no foco da pressão e ofensas. Alguns deles presenciaram e se envolveram na discussão. O registro do caso na polícia, feito por Albieri, acusa um servidor público e um atleta pelas ameaças e agressões. A prefeitura ficou em silêncio.

O técnico também disse oficialmente à polícia o que já circulava em redes sociais: que a briga começou em torno da pressão sobre atletas que teriam sido ameaçados de corte de benefícios públicos por atuarem com ele.

O valor dos repasses em bolsas e auxílio para manutenção já é ponto de críticas. Acusações como viagens sem suporte suficiente, baixos valores apesar de muitas conquistas e privilégios a outras modalidades são algumas das acusações. A prefeitura também ficou em silêncio sobre a nova acusação.

As novidades estão em um protesto com os técnicos, atletas e alguns dos familiares que foram à Câmara com pedidos de mudanças na secretaria e a ampla circulação das críticas, que já repercutiram em canais abertos como Globo e Record, emissoras de rádios e mídia.

O Giro Marília procurou manifestação da Prefeitura e recebeu a informação de que a administração municipal não vai se manifestar sobre o caso.