Nesta última terça-feira, Caetano e Gil realizaram um show em Tel Aviv (Israel) e durante o polêmico show, Gilberto Gil chegou a gritar “Viva Tel Aviv”. Lembro-me de um show em clube aqui de Marília onde estava presente o Gilberto Gil, no qual ele claramente falou: “Vamos transformar o Brasil em uma onda vermelha”.

Nos meses seguintes, Lula seria eleito presidente e levaria Gilberto Gil para o Ministério da Cultura, depois não aguentou o Rojão e pediu para sair. Lá em Israel, Gil não vai virar Ministro ou algo assim. Foi cantar por questão de grana mesmo e acredito que naquele sua turnê pelo interior de SP não era para ajudar a eleger o Lula, mas por grana também.

A diferença de ambos os shows, é que a questão da Palestina é muito mais grave e já causou muito mais dor e mortes para os povos Árabes do que as mortes aqui no Brasil. Se bem que com tanta violência aqui neste país, acho que o número de mortes já já supera o do confronto Israel-Palestina. 

Sou historiador e, portanto, sei um pouco da história dos vencedores, caso de Israel, como também da história dos vencidos, caso da questão da Palestina.  Após conhecer o holocausto, sofrer nas mãos dos nazistas e ver quase a metade de seu povo dizimado, os judeus de Israel foram pródigos em violência contra os povos palestinos sem dó nem piedade e com o consentimento das principais potências mundiais e inclusive do Brasil. 

Caetano e Gil bem que poderiam relembrar os tempos em que sofreram e foram exilados do Brasil durante o Regime Militar de 64 e fazerem também o show nem que seja para 50, 500 ou outros tantos brasileiros que vivem na Palestina e declararem que o mundo precisa acabar com a prepotência, matança e ameaça que o povo de Israel comente contra o povo Palestino.

A verdade é uma só, quando o dinheiro fala alto não só para esses pseudos engajados em alguma coisa, pouco importa se o show é em Israel, no Iraque ou ainda nessas Nações que matam seus outros povos sem dó nem piedade.