Marília

Calote nos salários paralisa unidades de saúde

Calote nos salários paralisa unidades de saúde

O calote nos salários dos servidores terceirizados para atendimento na rede municipal de saúde provocou uma greve protesto que paralisou diversos serviços em todas as regiões da cidade. A adesão não é total, mas envolve funcionários em diversas unidades de saúde. Parte dos grevistas participa pela manhã de manifestação na porta da prefeitura.

São trabalhadores contratados de forma terceirizada em contratos gerenciados pela Associação Maternidade Gota de Leite. O salário do mês ainda não foi pago. O caso é ainda mais grave para médicos, que acumulam meses de atraso.

A greve foi aprovada por assembleia e estava documentada em informações do Sinsaúde, o sindicato da categoria, enviadas à prefeitura. Segundo o diretor do Sindicato dos Empregados, Aristeu Carriel, disse que há servidores parados em todas as unidades e que alguns postos têm adesão completa e funcionam apenas com serviços essenciais exigidos por lei.

“Se aparece alguém para um curativo simples, orientamos e pedimos que procure um hospital. Se é um caso urgente o atendimento é feito. As emergências serão todas atendidas”, disse o sindicalista. Segundo Carriel, a greve é por tempo indeterminados. Os salários de dezembro chegaram ao 15º dia de atraso. Hoje ainda esperam pagamento da segunda parcela do 13º.

A paralisação atinge postos de atendimento a famílias mais humildes da cidade, como na Unidade de Saúde da Família da Vila Barros. Apenas serviços de urgência são atendidos para encaminhamento.

Médicos, dentistas e outros profissionais estão nos prédios, mas serviços como recepção, farmácia, procedimentos simples e encaminhamento para consultas foram paralisados.

A crise de atrasos nos salários se arrasta há meses e atinge outras unidades importantes, como a UPA da Zona Norte. A prefeitura publicou no Diário Oficial desta terça-feira leis que permitem parcelamento dos débitos acumulados com as organizações responsáveis pelo atendimento, mas não há indicação de regularização nos pagamentos.

O Giro encaminhou pedido de informações ao secretário da Saúde mas ainda não obteve retorno.