A ABHU (Associação beneficente Hospital Universitário) de Marília, responsável pelo atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da zona norte, encaminhou para a Prefeitura de Marília nesta quinta-feira um ofício comunicando a redução dos atendimentos em virtude do calote de R$ 7,7 milhões por serviços realizados.
A dívida já havia sido revelada quando a ABHU, ligada à Unimar, anunciou que não iria renovar convênio para exames de raio-x no PA da zona sul (veja aqui).
Segundo o ofício encaminhado para a prefeitura, a associação criou dívidas para o Hospital Universitário como forma de financiar o serviço durante os repetidos calotes. A restrição deve ser iniciada em uma semana, no dia 27.
A Unimar informa que vai restringir o atendimento aos casos de urgências e emergências, que deve reduzir em 30% o volume de procedimentos e encaminhar para a rede de unidades municipais esta demanda, com previsíveis problemas de sobrecarga.
A UPA recebe R$ 500 mil mensais do Ministério da Saúde. Depende ainda de contrapartida municipal de R$ 670 mil e mais R$ 130 mil por metas de atendimento e qualidade forem cumpridas.
Em maio, foi feito um financiamento em que a prefeitura figura como fiadora e o valor não foi suficiente.
“O empréstimo foi de R$ 3,7 milhões, mas foi insuficiente. Tivemos que endividar o hospital (HBU) para suprir as contas da UPA e ainda temos juros a serem pagos ao banco”, disse a superintendente da ABHU, Márcia Mesquita Serva Reis, em entrevista ao Jornal da Manhã.