A Câmara de Marília instalou na noite da segunda-feira a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) destinada a acompanhar gastos e eventuais omissões da Prefeitura de Marilia na gestão de recursos e combate à epidemia de coronavírus na cidade.
O vereador Elio Ajeka será o presidente, com Ivan Luís, conhecido como Ivan Negão, como relator e Vânia Ramos como secretária da comissão. O prazo de investigação é de 180 dias.
A comissão poderá fazer visitas, pedir documentos e convocar depoimentos. A assessoria do prefeito Daniel Alonso já divulgou que ele está à disposição da comissão, assim como secretários e outros assessores.
Os três parlamentares já atuavam em uma comissão de acompanhamento, que evoluiu para a CPI após demora nas respostas em pedido de informações para a administração. A instalação da comissão foi apresentada por seis vereadores, com apoio de pelo menos mais dois – Ivan Negão e Luiz Eduardo Nardi, que não assinaram o documento mas manifestaram apoio -.
POLÊMICA
Apesar da instalação da CPI, a sessão da Câmara foi marcada por um pronunciamento polêmico do vereador e ex-secretário municipal de Esportes Eduardo Nascimento, que atacou o secretário municipal de Obras, Hélcio Freire do Carmo.
Nascimento fez o pronunciamento a partir de um requerimento do vereador Rogério Alexandre da Graça sobre troca de iluminação.
“Não tenho boa notícia, vereador. Dificilmente será atendido porque o secretário de Obras é incompetente, omisso, vagabundo e preguiçoso”, disse Nascimento.
O vereador afirmou ainda ter testemunhas de que o secretário “fala aos quatro cantos que se ele cair o prefeito cai. O que ele sabe? O que ele tem? Quero acreditar que é tudo blefe. Mas não pode deixar um secretário, que usa desses argumentos contra o prefeito, contra o assessor especial do prefeito”.
O secretário divulgou por redes sociais na manhã desta terça uma manifestação sobre o caso. “Ciúmes, kkkk”.