A Câmara de Marília reajustou em 11,03% o valor do vale alimentação e do auxílio saúde pago a servidores municipais do Legislativo e ampliou o abismo entre a remuneração de trabalhadores na comparação com a prefeitura.
O índice foi escolhido como uma média entre o IGP-M, INPC e IPCA, que é a base de cálculo da inflação. O vale alimentação vai a R$ 692,00 e o auxílio saúde passa a ser de R$ 521. O reajuste é retroativo a primeiro de janeiro, o que represneta pagamento da diferença de valores.
A Prefeitura paga R$ 360 de vale-alimentação e não tem auxílio-saúde, valor que está congelado desde 2019 e é um dos principais pontos de embate com os servidores. Paga 20% das mensalidades de plano de assistência médica dos servidores.
A Câmara tem autonomia para regulamentar a remuneração e benefícios de seus servidores. Além disso, tem repetidas situações de sobra de orçamento.
O abismo entre os valores pagos no Legislativo e no Executivo acompanha série histórica de aumentos promovidos pelos dirigentes da Câmara nos últimos anos.
A medida bota lenha na fogueira das relações dos funcionários municipais com a administração. O presidente do Sindicato dos Servidores, José Paulino, disse que a recomposição e melhoria do vale deve ser um dos principais temas de uma pauta de reivindicações a ser encaminhada ao prefeito Daniel Alonso até o final do mês.
“Desde a noite estou recebendo mensagens de servidores questionando a situação do vale na prefeitura. Estamos discutindo nas assembleias e a questão vai estar na nossa pauta”, disse o sindicalista.