A Câmara de Marília formou na noite da segunda-feira uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar gastos, procedimentos e medidas de enfrentamento à epidemia de Covid na cidade.
A formação da CPI é uma evolução da Comissão de Acompanhamento que a Câmara já havia criado e que desde março esperavam respostas da prefeitura para uma série de pedidos de informações. As respostas foram apresentadas apenas na segunda-feira em um encontro na Câmara.
Além do controle de gastos, os vereadores pedem informações sobre o programa de vacinação contra a Covid e apontam dúvidas sobre o volume de doses aplicadas e de doses recebidas.
A comissão também vai acompanhar a abertura e oferta de leitos de UTI na cidade, especialmente após fase de lotação e uso de leitos especiais criados no Pronto Atendimento da zona sul e na Unidade de Pronto Atendimento na Zona Norte.
“Muitos pacientes chegam à Upa e ao PA e não tem leito. Dias na fila de espera. Nossa preocupação cresceu muito e a população está nos cobrando”, disse a vereadora Vânia Ramos, que integrou a comissão de acompanhamento e assinou o pedido de instalação da CPI.
A comissão precisava de cinco nomes para ser criada, recebeu seis. Além de Vânia assinaram Elio Ajeka, Agente Fefin, Danilo da Saúde, Rogerinho e Eduardo Nascimento. Ivan Negão, que participa da comissão de acompanhamento, não esteve na sessão mas declarou apoio por seu gabinete.
Os vereadores Marcos Rezende, Luiz Eduardo Nardi, Marcos Custódio, Evandro Galete, Professora Daniela e Júnior Moras não assinaram o pedido.
A presidência da Câmara deve agora formar a comissão que terá prazo de 180 dias, prorrogáveis, para procedimentos de investigação que incluem pedido de documentos, visitas a unidades e serviços públicos e convocação de depoimentos.