Após semanas de polêmicas e desgastes, o vereador Elio Ajeka vai continuar como presidente da CPI da Covid em Marília. A decisão foi confirmada na noite de segunda-feira, após sessão da Câmara, e de uma nota oficial em que a Câmara rejeitou pedido de renúncia apresentado por ele.
Em nota oficial, a presidência da Câmara disse que o pedido foi indeferido com base no regimento interno que não prevê a medida. Segundo o comunicado, o vereador não pode renunciar a um dever de parlamentar.
Elio Ajeka teria opção de levar o caso para um embate judicial. Mas afirmou a jornalistas após a sessão que vai acatar a decisão e seguir no comando da comissão.
O pedido de renúncia já havia provocado pelo menos três reuniões no Legislativo, uma delas com situações de confronto entre parlamentares.
Os vereadores Ivan Luís, o Ivan Negão, que é relator da comissão, e Vânia Ramos, a terceira integrante, recusaram indicação para assumir a presidência da comissão.
A CPI foi instaurada para apurar eventuais irregularidades nos gastos e medidas de enfrentamentos da pandemia de covid-19 pela Prefeitura de Marília.
O trabalho da comissão está atualmente na análise de documentos. Um pedido de contratação de assessoria técnica para o serviço já havia sido rejeitado pela presidência da Câmara. Há previsão de pelo menos 16 depoimentos de testemunhas.