A votação de um requerimento com pedido de informações sobre o Plano de Cargos e Carreiras da Famema (Faculdade de medicina de Marília) foi acompanhada por manifestação de funcionários e estudantes em defesa de revisão de salários e valorização dos profissionais.
O requerimento foi apresentado pelo vereador Marcos Rezende após reunião com representantes de docentes e encaminhado a autoridades do Estado, que é o responsável pela gestão da faculdade.
O objetivo é provocar andamento de um processo de implantação do Plano de Cargos tanto para Marília quanto para a Faculdade de Rio Preto.
A proposta chegou ao governo em abril deste ano, mas tramita de forma lenta e com muitos dias parada em órgãos da gestão estadual.
Os docentes apontam que a falta do plano é acompanhada por situações de desvalorização dos profissionais, como pagamento de salários muito menores que os de outras instituições estaduais de ensino, como Unesp e USP.
Os baixos salários são apontados como uma dos motivos para s obra de vagas em concurso aberto pela Famema para contratar professores com exigências de mestrado ou doutorado.
A organização administrativa usada atualmente é de 2008 e sem avanços em regularização. Segundo os manifestantes, o processo é importante para profissionais mas também para a comunidade que recebe atendimento dos estudantes em serviços de saúde.
A falta do plano de carreira e toda a demora no processo de organização tanto da Famema quanto do HC-Famema são resultado de um arrastado processo de estadualização iniciado em 1994.
Passados 30 anos do procedimento, a proposta inicial de encampação por uma universidade estadual nunca andou, gestão das duas instituições envolvem duas autarquias de duas secretarias estaduais diferentes e com duas fundações de apoio e muitos problemas.