A Câmara de Marília terá na segunda-feira nova sessão extra em meio ao recesso e vota projeto para nova dívida em parcelamento por calotes no Ipremm.
A medida aumenta rombo nas contas e cria custos extras de correção de valores. Mas regulariza meses sem pagar e evita sanções administrativas à prefeitura e aos gestores.
É mais uma dívida que o prefeito Daniel Alonso deixa como herança para – pelo menos – dois mandatos no futuro. Serão 60 prestações para pagar.
O valor beira R$ 100 milhões. Até outubro era de R$ 78 milhões com atualizações que vão ocorrer na assinatura do contrato de parcelamento.
Representa todos os meses sem pagar contribuição patronal na prefeitura e no Daem, depois transformado em agência de água.
O rombo nos pagamentos ao Ipremm é o maior responsável pela dívida de centenas de milhões de reais na prefeitura. Os calotes comprometem orçamento para vários anos.
Não foram invenções de Daniel Alonso, mas o prefeito não deixou de usar o mesmo modelo. Não paga, parcela para regularizar o calote e a Câmara aprova.
O efeito é que o Ipremm fica sem dinheiro para pagamento aposentados e pensionistas. A conta vai pro caixa da prefeitura. Além dos calotes, Daniel normalizou atrasos nos pagamentos aos aposentados.
Além desse projeto, a Câmara tem mais cinco propostas da prefeitura na pauta da sessão extra. Tem início previsto para 14h da segunda.