O ex-prefeito Abelardo Camarinha, 68, oficializou neste sábado o lançamento de sua candidatura à Prefeitura de Marilia em convenções de dez partidos que devem colocar 161 candidatos a vereador nas ruas.
Em um longo discurso para pontuar o que considera os principais temas da campanha, Camarinha fez ataques ao prefeito Daniel Alonso, prometeu obras e medidas rápidas para os principais problemas que aponta na cidade.
Camarinha (dir) com o candidato a vice-prefeito, Paulo Alves, durante a convenção
Também confirmou o empresário Paulo Alves como candidato a vice-prefeito. A mesa principal teve os candidatos com esposas e familiares, como os filhos do ex-prefeito, o deputado estadual Vinícius Camarinha e o caçula Gabriel, os vereadores Marcos Custódio, Danilo Bigeschi e Maurício Roberto.
O ex-deputado federal Sérgio Nechar também acompanhou a convenção na mesa, ao lado de alguns candidatos a vereador. A frente reúne os partidos Podemos, Progressistas, PSB, DEM, Avante, Solidariedade, PROS, Republicanos, PSC e Patriota
Vídeos gravados por autorizadas nacionais dos partidos, como o senador Álvaro Dias, foram exibidas antes do pronunciamento de Camarinha.
A convenção teve ainda situações polêmicas, como descaso com a Covid – abraços, apertos de mão, pessoas com máscaras abaixadas – e fogos na abertura e logo após o discurso de Camarinha foram outros momentos controversos, que chegaram a provocar queixas me redes sociais. Uma lei municipal proíbe o uso dos explosivos.
DISCURSO
Em seu pronunciamento, Camarinha disse que sua candidatura é um “chamado” da população para “reconstruir Marília”, frase que dá nome à frente de partidos.
Criticou os serviços de saúde, falta de remédios, dificuldade para comunidade ter acessos às farmácias de distribuição – que substituíram a entrega nos postos, e a falta de profissionais na área.
Deputado Vinícius Camarinha com os vereadores Danilo Bigeschi e Maurício Roberto
Também atacou a educação por não ter feito distribuição regular de alimentos aos estudantes durante a epidemia e a demissão de todas as cuidadoras de alunos com necessidades especiais.
“No dia 2 de janeiro de 2021 serão contratadas”, disse Camarinha em uma promessa difícil de cumprir por questões técnicas, legais e até de praticidade, já que não há previsão de aulas no período.
Prometeu ainda obras de pavimentação e mudanças no transporte público. “Hoje quem manda são os donos das empresas. Quem tem que mandar no transporte é o povo e o prefeito. E se não quiser as empresas podem ir embora porque muitas empresas querem vir para Marília.”
Acusou ainda aumento nas dívidas do município e citou falta de pagamentos ao Ipremm (Instituto de Previdência dos Servidores) que criou uma conta na faixa de R$ 100 milhões.
Ao final rebateu as informações sobre ações judiciais que provocariam sua inelegibilidade. Desde a sexta-feira circulam em redes sociais imagens do cadastro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com dados sobre condenações de Camarinha. Ele diz que a candidatura está aí e será registrada no primeiro dia útil.