Marília

Campanha contra cortes na Famema prevê mais 50 demissões em 2022

Campanha contra cortes na Famema prevê mais 50 demissões em 2022

A mobilização de docentes e profissionais de saúde provocada pela demissão de seis professores da Famema (Faculdade de Medicina de Marília) projeta pelo menos 50 novos cortes em 2022 com o fim de um termo de colaboração entre a faculdade e o governo do Estado. Podem chegar perto de 60.

São funcionários de áreas técnicas e administrativas contratados pela Famar (Fundação de Apoio à faculdade de Medicina de Marília). Os nomes estão em uma lista de funções inseridas no termo de colaboração com aproximadamente 65 cargos.

O termo de colaboração prevê repasses especiais de recursos para a Famar gerenciar a contratação de mão de obra para atividades de graduação, pós-graduação e pesquisa na faculdade.

Prevê encerramento dos repasses em julho do próximo ano. Depois de divulgar vídeos de docentes contra o corte de professores, uma conta criada para divulgar a mobilização em redes sociais divulgou a previsão das novas demissões.

A expectativa é que esses profissionais sejam substituídos inicialmente por contratados em um processo seletivo para temporários.

Mas a campanha, que envolve ainda estudantes, mostra preocupação com a perda de avanços no programa de ensino e obstáculos até adaptação e integração dos temporários ao trabalho.

Nem a Famema e nem a Famar divulgaram qualquer manifestação sobre o caso ou justificativa para o corte isolado dos seis docentes. Eles entraram em aviso prévio no início de dezembro para saída em janeiro, meses antes do fim do termo de colaboração.

A campanha destaca ainda que o termo prevê possibilidade de prorrogação dos repasses e do programa especial de trabalho e os cortes estão sendo antecipados.

Ainda de acordo com profissionais envolvidos na mobilização, os cortes criaram situação de incertezas, insegurança e fragilização dos profissionais.

Em um dos vídeos divulgados, a médica e professora Maria Cecilia Cordeiro Dellatorre aponta uma ação de desmonte do Estado no ensino público e na Famema. Acompanhe aqui a página de mobilização.