Marília

Campanha orienta clientes contra filas e abuso em bancos

Campanha orienta clientes contra filas e abuso em bancos

Bancos de Marília e região estão atropelando a legislação de direitos dos clientes com espera indevida em filas e rejeição de pagamentos que deveriam ser aceitos. A denúncia está em publicação e campanhas que o Sindicato dos Bancários levou para as ruas em contatos nas filas e pontos de atendimento.

Pelo menos mil exemplares do ‘Jornal do Cliente’ foram distribuídos com orientações sobre leis. Por exemplo, informa que em Ourinhos e Garça o tempo máximo de espera numa fila em dias normais não pode ultrapassar 15 minutos. Já em Marília, com uma praça bancária maior, esta espera pode chegar a 20 minutos.

Em dias de pagamento, por exemplo, a espera na fila tem limite de 30 minutos em qualquer uma destas três cidades. Mais que isso vale multa municipal.

“São leis que regulamentam este atendimento e que os consumidores precisam conhecer”, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários de Marília e Região, Geofredo Borges da Rocha.

A panfletagem do ‘Jornal do Cliente’, uma publicação feita pela entidade sindical, começou na sexta-feira passada em Marília e Ourinhos. Nesta terça-feira, dia 9, foi a vez de Garça.

O jornal alertou a população sobre o avanço das demissões no setor. “Foram demitidos 3.325 bancários e a rotatividade preocupa”, concluiu o presidente do Sindicato dos Bancários.

BOLETOS

Outra orientação contida no ‘Jornal do Cliente’ diz respeito aos pagamentos de boletos.  O Sindicato dos Bancários de Marília e Região recebeu denúncias de que ao menos duas instituições bancárias da região estão recusando receber boletos de baixos valores – menores que R$ 1.000

“Estes bancos forçam os clientes a procurar o correspondente bancário nestes casos, mas eles estão contrariando uma resolução do Banco Central que proíbe que as instituições financeiras dificultem o acesso aos canais de atendimento convencionais, inclusive guichês de caixa”, ressaltou Geofredo.

Nestes casos, as reclamações devem ser apresentadas ao Banco Central através de um telefone gratuito, o 0800-979-2345. A orientação aos clientes é insistir no primeiro momento, mesmo diante da recusa da agência reforçando a existência da resolução que veta a dificuldade de acesso ao guichê.

“Se a argumentação não resolver, faça o pagamento em uma das opções fornecidas pelas agências bancárias – caixa eletrônico, internet banking ou lotérica – mas registre uma reclamação no Banco Central”, orientou o informativo distribuído pelo sindicato. As denúncias também podem ser feitas através do site, www.bcb.gov.br/?reclamacao.