Marília

Campanha pede socorro para morador e 20 cães em casa de Marília

Campanha pede socorro para morador e 20 cães em casa de Marília

Uma campanha de protetores de animais pode representar um socorro também para um morador de Marília. O homem, idoso e sozinho em uma casa do bairro Pollon, vive com pelo menos 20 cães em uma casa sem condições de higiene, segurança e cuidados para ele e os animais.

A campanha pede medidas públicas de intervenção e é resultado de meses de divulgação e discussão sobre o problema, divulgado por moradores que pediram apoio de uma ONG de proteção animal. Voluntários foram até a casa, mas o morador impediu acesso. Ele recebeu ração para cuidar dos animais e disse que não precisava de apoio.

“Um dia fomos ate a casa dele e estava muito sujo. A frente da casa com fezes de animais. Dissemos que iríamos entrar mesmo sem autorização e constatamos o horror que aquele senhor e os cachorros estavam vivendo”, diz uma das cuidadoras envolvidas no pedido de ajuda.

Segundo ela, foram encontradas fezes em vários pontos da casa, baratas, móveis quebrados, sujeira e teias de aranha. “A geladeira tinha lavagem em uma panela, coisas mofadas estragadas cheias de baratas. Havia 15 cachorros na frente que circulavam dentro da casa e mais 15 que ele mantinha no fundo”, disse.

A ONG e os cuidadores dizem ter feito contatos com serviços públicos. Um assistente social teria ido ao local, mas não houve nenhuma medida. “A zoonoses apareceu lá, pegou três cachorros para castrar e pedi para não devolver. Estamos na posse responsável deles”, contra a protetora.

Pelo menos outros cinco cães foram retirados e encaminhados. Ainda assim, a casa teria até 22 cães e um morador sem condições de cuidados pessoais ou atenção com a própria saúde. “Ele não esta mais em sã consciência. Ele fica chamando a mãe, deitado no sofá”, conta a protetora.

Não é um caso isolado. Há pelo menos mais duas situações antigas de moradores acumuladores com dezenas de animais que se tornam problemas para eles mesmos e os vizinhos por causa do barulho e mau cheiro, além dos riscos para saúde.

Mas a solução esbarra na falta de estrutura. As ONGs e protetores aguardam a criação de um abrigo municipal com baias e estruturas para abrigar, tratar e encaminhar adoções. Algumas das organizações mantêm abrigos, mas estão todos lotados e sobrecarregados pelo custo de alimentação, limpeza e cuidados veterinários.