Estudantes de medicina do complexo Famema marcaram um novo protesto na porta da instituição e fazem manifestação na próxima sexta-feira. O objetivo é pedido de explicações e dados sobre pagamentos e contas da faculdade.
Os alunos querem informações especialmente sobre contratação de professores pagos por mês mas em alguns casos com apenas uma aparição por ano. Segundo divulgação do diretório acadêmico, em um dos casos o professor recebe pouco mais de R$ 3,6 mil ao mês. Junto com esta informação, os alunos divulgaram mensagem sobre a crise e convocação para o protesto (veja íntegra abaixo).
O protesto, o segundo convocado pelos alunos desde o início da crise no final do ano passado, é só mais um passo em uma investida dos alunos para ampliar volume de informações sobre a o caos na saúde. Além da manifestação há um pacote de ações paralelas.
O Daca (Diretório Acadêmico Cristiano Altenfelder), que representa os alunos, já entrou em contato com o Ministério Público para pedir informações sobre procedimentos de investigação da crise e como eles podem acompanhar o caso.
Os alunos também protocolaram na direção da faculdade um pedido de informações sobre balanço financeiro, detalhes dos gastos e receitas e dados do planejamento financeiro e econômico para o ano.
“Queremos saber efetivamente quanto a Famema já recebeu, quanto pagou, o que pagou e o que ainda espera receber e pagar”, disse um dos alunos ligados ao comando do movimento.
Ele explica que o interesse está em retomar garantia da qualidade de ensino e formação profissional, além de permitir que a instituição cumpra seu objetivo de oferecer atendimento em saúde com qualidade à população de baixa renda.
O Diretório evitou manifestação específica sobre novo repasse de recursos anunciado pelo governador Geraldo Alckmin, que prometeu enviar R$ 5 milhões em duas parcelas de R$ 2,5 milhões em julho e agosto. “Queremos antes saber qual é realidade financeira.”
Confira a íntegra da convocação dos alunos para o protesto:
“A FAMEMA passa pela pior crise de sua história! Faltam antibióticos, gaze, álcool, e até os insumos mais simples.
Em meio a isso, temos um docente que visita Marília uma vez por ano, para dar uma aula anual. Sabe quanto ele custa para os cofres da faculdade? Quase 4 mil reais por mês.
Você, aluno que sofre com a falta de estrutura, acha isso justo? Você precisa de um professor famoso por 2h anuais, ou prefere um hospital com roupa de cama lavada?
Vamos mostrar nossa indignação! Sexta-feira, 13h, em frente ao Auditório do Carmelo!”