Pelo menos um bairro da zona leste (Cascata) e cinco da zona norte (Parque das Nações, Santa Antonieta I e II, Julieta e Renata) da cidade apresentam índices preocupantes de infestação do mosquito Aedes aegypti com riscos de transmissão da dengue. O resultado está no relatório final do Liraa (Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti), divulgado nesta segunda-feira pela Divisão de Zoonoses e da Vigilância Epidemiológica.
Segundo o relatório, o índice geral de infestação na cidade é satisfatório: 0,7, ou seja, abaixo de 1.0 como preconizado pela Organização Mundial da Saúde. Mas não foram divulgados os dados dos bairros com situação considerada “preocupante”.
São regiões com maior número de criadouros do mosquito onde eventual surgimento de um caso de dengue pode provocar alerta para riscos de novas transmissões. A preocupação com esta índice se agrava com o surgimento de uma nova doença com casos no país, a febre chikungunya, que inclusive já teve caso com suspeita na cidade.
A tabulação dos dados foi encerrada na sexta-feira (7). “É um levantamento rápido que nos permite identificar com precisão e agilidade os locais em que devem ser intensificados os trabalhos de combate à dengue”, diz o coordenador da Divisão, Lupércio Garrido Neto.
O levantamento mobilizou cerca de 300 agentes de saúde com análises em todas as regiões da cidade. Segundo o coordenador do setor de Divisão de Zoonoses, a população não pode relaxar no combate ao mosquito Aedes aegypti.
“Não dá para deixar água parada nas residências. É preciso que a população colabore: limpando constantemente os seus quintais; trocando diariamente a água dos recipientes dos animais domésticos e dos vasos de plantas; mantendo as calhas limpas e as caixas d’água bem tampadas; entre outras ações. Este apoio dos munícipes é fundamental para o controle do mosquito.”