Agentes de Controle de Zoonoses da da Secretaria da Saúde de Marília, iniciaram nesta segunda-feira (9) uma ação preventiva contra a raiva na zona sul da cidade depois que exames constataram raiva como causa de morte de um morcego encontrado em uma residência.
Os moradores são visitados casa a casa no Jardim Florença, onde um morcego morto foi recolhido. Análise laboratorial constatou a presença do vírus da doença. Clínicas e hospitais veterinários estão sendo alertados para redobrar a atenção aos sintomas da raiva.
A veterinária Ticiana Donatti dos Reis, coordenadora da Divisão de Zoonoses, explica que o serviço foi acionado por uma família que encontrou morcego morto no quintal. O protocolo estabelece a recolha e encaminhamento para exame.
“Análise do Instituto Louis Pasteur confirmou a presença do vírus da raiva, o que pede a tomada de uma série de providências, como esta ação educativa que estamos fazendo. O objetivo é orientar as pessoas para a vacinação de cães e gatos. Também fizemos um comunicado junto à rede de serviços veterinários da cidade”, explicou Ticiana.
A raiva é uma doença neurológica, ou seja, atinge o cérebro. É provocada por um vírus que acomete mamíferos, incluindo animais domésticos (cães e gatos), animais de produção (bovinos, equinos, suínos, caprinos, entre outros) e o homem. Não há cura e a morte é certa na totalidade dos casos.
O veterinário Lupércio Garrido Neto, que integra a equipe da Divisão de Zoonoses, explica que os morcegos podem ser reservatórios do vírus independente se forem hematófagos (alimentarem-se de sangue), frugívoros/nectarívoros (somente frutas ou néctar das flores) ou insetívoros, que vivem de insetos.
Lupércio lembra que a doença também pode ser transmitida ao homem através da mordida, lambedura ou arranhadura de cães e gatos com o vírus. Por isso, é fundamental que sejam tomadas medidas para evitar que as casas ofereçam abrigos a morcegos, visando impedir que animais domésticos sejam contaminados e que as pessoas tenham contato com o vírus.
Em geral, tanto nos animais domésticos quanto nos de produção, são verificados os mesmos sintomas: salivação abundante; dificuldade para engolir; mudança de comportamento; mudança de hábitos alimentares; paralisia das patas traseiras.
Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, semelhante a um “uivo rouco”, e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.
É importante jamais ter contato físico com morcegos. Em caso de aparecimento de carcaças, é necessário acionar a Divisão de Zoonoses, por meio do telefone (14) 3401-2054.