A jovem L.M.T., que em agosto de 2019 matou o pai, o cirurgião dentista Aloísio Tassara, terá que fazer tratamento psiquiátrico e acompanhamento médico e judicial até os 21 anos, quando a Justiça deve determinar novas avaliações.
A decisão está em sentença da Vara da Infância e Juventude de Marília que reconheceu homicídio e tentativa de homicídio contra a mãe, J.F.M., no caso, mas absolveu a jovem por indicação de condição mental como causa dos ataques.
O despacho, expedido no dia 9 deste mês, é um caso de absolvição imprópria, em que a Justiça reconhece os crimes mas não aplica condenação em virtude de estado mental.
“Determino à título de medida protetiva compulsória, que se prossiga no tratamento ambulatorial até que L. complete 21 anos de idade e, neste período apresentará a cada trimestre, comprovante de acompanhamento médico psiquiátrico, medicamentos a que está submetida, bem como que se comunique a este Juízo toda e qualquer indicação médica de internação”, diz o despacho do juiz José Roberto Nogueira Nascimento.
Aloisio Ahnert Tassara era reconhecido por sua atuação profissional e pela tradição da família na cidade. Filho do advogado Geraldo Tassara, já falecido, e da professora Marilene Tassara, que deu aulas no Cristo Rei por muitos anos, era formado pela Unimar e especialista em implantes e periodontia.
Foi encontrado morto na sala da casa da família vítima de ferimento de faca. A menina, que tinha 17 anos, foi encontrada no telhado de uma casa vizinha em surto psicótico.
Ela passou por pelo menos três internações mas respondeu ao processo em liberdade e tratamento. Em novembro de 2020, pouco após uma alta hospitalar, foi submetida a um exame de perícia para avaliação de saúde mental.