Marília

Cepa de Manaus já é maioria entre casos de Covid em Marília

Cepa de Manaus já é maioria entre casos de Covid em Marília

A variante P1 do coronavírus, conhecida como a cepa de Manaus, já responsável por 51% dos casos de Covid-19 registrados na região de Marília. A informação está em um relatório do Instituto Adolfo Lutz, responsável pela análise de exames no Estado.

O levantamento mostra uma explosão dos casos desde o último levantamento realizado dia 27 de abril. O volume de casos cresceu de forma rápida, embora atrasada em relação ao resto do Estado.

A variante P2, conhecida como cepa do Rio de Janeiro, que respondia por 58% dos casos, aparece com 20% no novo estudo. A região registra seis formas do vírus entre as nove analisadas pelo instituto.

Ribeirão Preto, com 88% dos casos, e Barretos, com 86%, são as regionais com maior volume de casos com a variante de Manaus. Nas regiões mais próximas a Marília a variante tem 49% dos casos em Bauru, 59% em Araçatuba e 52% em Presidente Prudente.
Variante P1, conhecida como Cepa de Manaus, responde por 51% dos casos em Marília

A variante já a mais comum em todas as regionais do Estado. A cepa preocupa por ser apontada como uma forma mais agressiva do vírus, tanto por casos com maiores complicações quanto por contaminação mais rápida.

Mas a evolução não é necessariamente uma surpresa. Em um debate promovida pela Unesp em 1º de abril, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, já havia apresentado a projeção de crescimento da cepa de Manaus em todas as cidades.

“Aconteceram no Estado de São Paulo dois surtos que ganharam notoriedade. O primeiro em Jaú e depois em Araraquara…A explicação mais plausível era a presença da variante de Manaus nas duas cidades”, disse o especialista. A P! representava 61% dos casos quando Araraquara teve o surto.

Segundo Dimas Covas, a epidemia passou a ter novas características porque o vírus apresentava comportamento biológico diferentes. Em fevereiro os casos já se apresentavam com maior carga viral.

Os casos passaram a chegar aos hospitais com maior gravidade e mortalidade. “E tudo isso está mais que exposto, o Brasil inteiro com aumento de mortalidade, UTIs lotadas”, disse Dimas Covas no debate. “A P1 com certeza será predominante”, afirmou. O debate pode ser visto no canal da Unesp no Youtube.

Acesse a íntegra do relatório com dados de todo Estado.