A Cervejaria Malta, uma empresa com 67 anos de atuação em Assis responsável por marcas como a cerveja que leva nome da fábrica e a linha de refrigerantes Cristalina, tenta na Justiça converter um processo de recuperação judicial em falência com modelo autorixado e regulado de atividades que permite novas opções para pagamento de dívidas.
A medida é uma manobra judicial de gestão para permitir que a empresa direcione os esforços para resguardar em especial os direitos de trabalhadores. A convolação em falência, como é chamado o procedimento, encerraria a recuperação judicial com novos benefícios à empresa na relação com devedores.
A divulgação do pedido provocou onda de informações sobre fechamento da fábrica e uma semana com protesto de funcionários com salários atrasados.
As informações provocaram um comunicado oficial da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico da cidade, que estaria atuando com a empresa na tentativa de manter atividades.
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“Segundo informações da Administradora Judicial da Malta, há uma necessidade premente de converter a Recuperação Judicial da cervejaria em falência. No entanto, a orientação da Administradora Judicial é que essa “convolação em Falência” seja acompanhada da continuidade das atividades da empresa”, diz a nota da secretaria.
A condução dessas operações, caso o modelo de falência seja adotado, seria feito por um Gestor Judicial habilitado a ser nomeado pelo Tribunal de Justiça, conforme previsto na Recuperação Judicial.
Durante os protestos dos trabalhadores na última segunda-feira, a prefeitura anunciou ainda uma frente de trabalho para apoiar os funcionários com propostas como entrega de cestas básicas enquanto a situação financeira da empresa não se resolve.
A recuperação judicial da empresa envolve como interessados desde governos de Estado até bancos, fornecedores, distribuidores e investidores. A Malta é também alvo de pedido de falência em procedimentos judiciais fora de Assis.
