O vereador Cícero José da Silva, o Cícero do Ceasa (Sem partido) e um bom número de filiados de última hora que ficaram sem partido por um erro do diretório municipal do PV (Partido Verde) vão ter nova chance de registro e possibilidade de disputar as eleições de outubro.
A brecha é garantida pela Legislação eleitoral que oferece uma chance de pedido pessoal, feito diretamente ao juiz eleitoral da cidade, em casos de “desídia ou má fé do partido”. Os pedidos devem ser processados em junho. A previsão da filiação especial já havia sido indicada pelo comando do PV quando a falha do partido foi revelada e está confirmada por publicação do Tribunal Regional Eleitoral.
A única diferença é que, diferente da filiação protocolada pelo diretório, os casos individuais vão depender de autorização judicial e comprovação de que os candidatos assinaram as fichas de filiação antes do dia 14 de abril, último prazo para registro direto pelos partidos. Neste prazo, os partidos fazem a filiação de forma direta, pla internet.
No caso do vereador será fácil. A filiação foi comemorada, divulgada e documentada em encontro do partido em março, logo depois de Cícero aproveitar uma janela especial de troca de partidos.
Cícero foi eleito pelo PT Partido dos Trabalhadores) e a legislação considera que mandatos proporcionais (vereadores e deputados) pertencem aos partidos, o que implica em fidelidade partidária sob risco de perda do mandato. Cícero deixou o PT por divergências com o comando local da legenda.
Cotado para ser candidato a vice-prefeito em uma possível união do PV com o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) do empresário Daniel Alonso, o vereador afirmou na época que seu projeto inicial seria a reeleição para novo mandato na Câmara.
O vereador defende uma união da oposição para vencer o prefeito Vinícius Camarinha e o grupo político que este representa com o pai, o deputado estadual e ex-prefeito Abelardo Camarinha.