Marília

Cidade homologa aeroporto após 42 anos e espera obras e novas empresas

Encontro no gabinete do prefeito apresentou homologação do aeroporto
Encontro no gabinete do prefeito apresentou homologação do aeroporto

Depois de 42 anos sem homologação do aeroporto, Marília conseguiu regularizar documentação que pode abrir portas para investimentos em obras, atração de empresas e até negócios imobiliários.

A homologação encerra um processo de dados que viabilizam a definição de rotas de aproximação e decolagem para os diferentes modelos de aeronave e estava emperrada por falta de um levantamento sobre todas as construções de edifícios na cidade.

A homologação foi apresentada na tarde desta sexta-feira no gabinete do prefeito Daniel Alonso em encontro de técnicos do Planejamento Urbano da cidade com o auditor fiscal José Antonio Rossato, que representa grupo de investidores. O secretário de Planejamento Rubens Yukishigue Ishii e o arquiteto José Antonio Almeida, da Secretaria, acompanharam a apresentação.

Segundo o prefeito, o documento permite dois efeitos: afasta risco de interdição do aeroporto e permite que a Prefeitura vá ao governo do Estado cobrar uma obra que já foi aprovada e até incluída no planejamento orçamentário, mas não saiu do papel.

O objetivo é promover a ampliação do terminal: área de passageiros, distribuição de embarque e desembarque, estacionamento e hangares particulares. E por que investir em aeroporto?

“Antigamente o desenvolvimento acompanhava ferrovia, depois as rodovias. Hoje não0 há uma cidade que possa se desenvolver sem um aeroporto adequado. Empresas, hospitais, universidades, investidores de toda a região dependem de um bom aeroporto”, disse o prefeito.

Segundo o prefeito, a obra em Marília conta com bons argumentos: com a concessão de alguns aeroportos para iniciativa privada, o orçamento do Daesp, departamento estadual responsável, ganha fôlego e o projeto já entrou até no planejamento orçamentário.

A ampliação inclui medidas como implantação de equipamentos de suporte para apoio às aeronaves, o que pode reduzir casos de voos desviados e oferece mais segurança à operação, e até atrair novas empresas e voos, como fretes para viagens. 

Os serviços de fiscalização, como o Comar (Comando da Aeronáutica) e a Anac (Agência Nacional de Avião Civil), exigem um controle de informações sobre altitude e posicionamento dos prédios para definir se alguma construção pode se enquadrar como ponto de interferência na rota de aviões.

Cabe à cidade fornecer este mapeamento, o que não era feito há anos. O levantamento só foi possível com apoio de iniciativa privada e foi apresentado aos órgãos de fiscalização por um grupo de investidores do setor imobiliário.

Isso porque a falta do estudo também impedia série de investimentos. O mapeamento identifica os pontos já construídos e também regulariza espaços que podem ser ocupados e qual a altitude dos prédios a serem construídos.

O mapa estabelece a chamada zona de “sombra”, toda atingida em uma linha reta entre o prédio mais alto e a pista. No caso de Marília é o edifício Dirna Montolar, na esquina das avenidas Rio Branco e Presidente Roosevelt.