Marília

Cidade pede apoio e pode punir descaso com dengue

Prefeito Vinícius Camarinha e o secretária LUiz Takano em coletiva sobre campanha
Prefeito Vinícius Camarinha e o secretária LUiz Takano em coletiva sobre campanha

A Prefeitura de Marília lançou oficialmente em coletiva de imprensa nesta quarta-feira nova campanha municipal contra a dengue, que pretende atrair apoio e participação da comunidade mas não descarta medidas de punição – multas – para situações de descaso.

A legislação já permite à fiscalização multar donos de imóveis onde sejam encontrados criadouros por situação de abandono: pneus, garrafas, embalagens plásticas ou de metal que acumulem água.

Durante a coletiva de imprensa, o prefeito Vinícius Camarinha afirmou que não estão descartadas outras medidas contra moradores que dificultem fiscalização ou que, após a orientação, não adotem medidas de prevenção.

A cidade tem atualmente 60 casos confirmados da doença só neste ano. Em 2014 foram 2003 pacientes. Há outros 600 casos suspeitos, que configuram um quadro de epidemia. Desde segunda-feira um mutirão de limpeza percorrer bairros para orientar, eliminar larvas e recolher entulho.

“A ideia não é brigar, não é punir, é trabalhar junto com o cidadão. A campanha surge para chamar, atrair o apoio da população”, disse o prefeito na coletiva. Argollo Ferrão e Chico Mendes, na zona oeste, e Planalto e Santa Catarina, na zona sul, são líderes de números de caso neste ano. Mas a doença está em toda a cidade.

DIVULGAÇÃO

Além da limpeza, a campanha vai envolver estrutura de divulgação. Todas as secretarias municipais e entidades civis como associações de bairro, associações de classe e religiosas serão chamadas a participar e divulgar informações.

A prefeitura imprimiu um folder com um “check list” de medidas a serem tomadas, que vão dos cuidados mais divulgados – como cobrir pneus, garrafas e caixas de água, a medidas mais desconhecidas, como proteger ralos e vasos sanitários em edículas e áreas cobertas de quintal ou trilhos de box em banheiros que não são usados todos os dias. Em uma semana esses locais podem ganhar larvas.

Segundo o secretário da Saúde, Luiz Takano, a campanha envolve medidas administrativas, como tratar qualquer suspeita com todo protocolo de prevenção da dengue: medicamentos e orientações aos pacientes, bloqueios para eliminar mosquitos e procurar casos suspeitos na região onde surgem novos casos e notificações ao sistema de saúde.

Um dos focos da campanha é lembrar que a dengue mata. Outro ponto é a elaboração de uma relação de imóveis fechados, abandonados, deixados há muito tempo para locação ou venda. Caso proprietários não colaborem será pedida autorização judicial para acesso e verificação de focos do mosquito. Ainda não há um número de imóveis nesta situação.