Ontem foi quarta-feira de cinzas e para muitos, é quando o Brasil começa a funcionar. O país sai do transe em que entrou ainda durante as férias do natal e ano novo e só agora volta a andar. Para os católicos, a quarta-feira foi o dia de pedir perdão pelos exageros do carnaval e se resguardar, inclusive jejuando, e participar das atividades de mais um período da quaresma.
Voltam-se as tensões no Congresso Nacional, com menos vigor mas ainda discussões sobre o impeachment da presidente do país e o afastamento do presidente da câmara, além de inúmeras rodadas sobre a votação da volta da CPMF – que dificilmente será aprovada – e pela desgastante reforma previdenciária, que terá que ser feita desde que não se mexa com direitos já adquiridos, ou seja, que passe a funcionar somente para os novos e futuros trabalhadores.
O governo precisa sair das cinzas em que se meteu com os juros altos, desemprego, altos preços de combustíveis, energia, inflação, depressão econômica e governamental para agora sim, após a quarta-feira, gerar um novo rumo de crescimento e consequentemente o desenvolvimento do nosso país.
É aproveitar a alta do dólar para as exportações mesmo que o impacto seja pequeno, realmente cortar os gastos públicos com a diminuição de Ministérios e respectivamente funcionários de cabides e fiscalizar mais e cortar de vez a corrupção em todas as esferas governamentais.
Apesar de um futuro sombrio na economia, agora é a hora da presidente se expor mais, não pelo seu partido, mais sim pelo bem do Brasil. Mostrar a “cara” mesmo, cortar os interesses daqueles que a cercam e governar para o bem do povo. As cinzas já ficaram na quarta, a partir de agora teremos que iniciar um novo país, porém, sem o jejum dos católicos.