Estatísticas do Serviço Central de Proteção ao Crédito da Associação Comercial e Industrial de Marília mostram dívidas na faixa de R$ 16 milhões em compras a crédito não pagas na cidade.
“Isto é preocupante, pois, demonstra que os acordos estão sendo mínimos e que há um crescente na inadimplência no comércio mariliense”, disse o vice presidente da diretoria da associação, Adriano Luiz Martins.
O volume de calotes registrados indica dívidas de R$ 15.724.273,35, número 0,92% maior que o do mês passado. De acordo com o vice presidente da ACIM de Marília, esse montante equivale a investimentos que deixam de ser efetuados pelos comerciantes como ampliação de lojas, aumento do quadro de funcionários e diversificação e aumento dos estoques.
As dívidas também limitam melhorias na lojas desde a informatização, segurança e aumento de salários. “Um prejuízo muito grande de forma generalizada”, ressaltou Adriano Luiz Martins. “Vender e não receber é o que de pior pode acontecer para o comerciante.”
O dirigente lembra que o comerciante é penalizado de várias formas: é obrigado a pagar impostos, comissões e perdeu o dinheiro investido na mercadoria. “Perde três vezes.” “Existem recursos para diminuir e monitorar, mas acabar não tem como”, falou.
Para o presidente da ACI de Marília, Libânio Victor Nunes de Oliveira, o melhor caminho para o empresário que vendeu e não recebeu é o acordo. “O que não pode é deixar de receber, porque, é prejuízo na certa.”
“Outro ponto importante é consultar o crédito do cliente e ter o maior número possível de informações sobre ele, além de conseguir referências entre outros detalhes, antes de conceder o crédito”, frisou Libânio Victor Nunes de Oliveira.