
O comércio de Marília celebrou a progressão da cidade e região no Plano São Paulo de flexibilização da quarentena mas as duas principais entidades de representação do setor na cidade defendem medidas para dar estabilidade ao funcionamento.
Medidas oficiais de prevenção e fiscalização, investimentos na estrutura de saúde, campanhas de venda e incentivo ao consumo, como a abertura das lojas no carnaval – atendimento normal das 9h às 17h na segunda (15) e terça (16), são algumas das iniciativas defendidas. Serviços municipais e bancos, por exemplo, estarão fechados.
As manifestações oficiais do Sindicato do Comércio Varejista e da Acim (Associação Comercial e Industrial de Marília) mostram otimismo mas destacam situação de crise e busca de alternativas.
“É bom avançar, é bom ter segurança jurídica. Agora o que falta é fazer o que está previsto. O que precisa ser feito todos já sabem: abrir os leitos, medidas de prevenção, fiscalização nas situações que realmente provocam contágio, controle em todas as áreas de movimentação, busca ativa de festas clandestinas. Precisamos ter as medidas que garantam segurança para a comunidade”, disse Pedro Pavão, presidente do Sincomércio.
Ele lembrou que desde o início da epidemia o Sincomercio já atuou com medidas judiciais, ofícios, relações políticas e empresariais para que a região não sofresse prejuízos da insegurança e falta de recursos.
O empresário afirmou que sem programas oficiais de auxílio – como suporte para folha de pagamento -, oferta de empréstimos que criam novos custos em meio a muitas incertezas e contaminação política da epidemia o setor está sujeito a sustos e surpresas.
“Não dá mais para assistir a isso. Precisamos de forças políticas unidas pelo bem da cidade, de medidas práticas. Precisamos vacinar, prevenir e manter empresas, empregos e a economia.”
CAMPANHAS
“Temos que continuar a fazer a população se proteger com uso de máscara, higienização permanente e distanciamento frequente, para que não voltemos a Fase Vermelha que é muito prejudicial a todos”, disse o presidente da Acim, Adriano Luiz Martins.
Para a direção da Acim, nova legislação municipal combinada com medidas de controle e envolvimento de lojistas e consumidores criam expectativa de que o setor não possa mais ser atingido pelo “abre-fecha” da quarentena.
“Não acredito que tenhamos que fechar tudo novamente. Com a chegada da vacina e a vacinação crescendo em proporção, penso que a quarentena está com os dias contados”, disse Adriano.
O superintendente da associação, José Augusto Gomes, disse que há propostas para ações especiais de vendas, campanhas, promoções e outras formas de incentivo.