O Sindicato do Comércio Varejista de Marília divulgou nesta quinta-feira um manifesto para convocar representantes de empresas, de trabalhadores e a comunidade em geral para ações de pressão pela ampliação da flexibilização da quarentena e reabertura de todos os setores de atividade econômica.
O documento indica em especial cobrança para que o prefeito Daniel Alonso sancione a lei de regulamentação geral do funcionamento do comércio aprovada pela Câmara na terça-feira.
Assinado pelo presidente da entidade, Pedro Pavão, o manifesto também critica o governo do Estado pela baixa classificação da região no programa de flexibilização da quarentena>
Marília foi classificada na fase 2, com maior limite e restrições para comércio em geral e proibição de atendimento em bares e restaurantes, salões de beleza e academias (veja mais aqui).
“A lei dá para a Prefeitura de Marília os mecanismos que a cidade precisa para funcionar de forma técnica, organizada e responsável, fora do jogo político em que foi transformada a quarentena no Estado de São Paulo”, afirma Pedro Pavão.
Veja abaixo o manifesto
“Respeitem Marília
A exclusão de Marília entre os melhores cenários da flexibilização da quarentena em meio à epidemia do coronavírus é uma agressão e não pode ficar sem resposta.
A cidade e a região têm índices e medidas de controle que comprovam o baixo impacto da epidemia. Isso foi ignorado enquanto acumulamos um rombo econômico.
As manifestações técnicas do Ministério de Saúde dão a Marília todas as condições para ter abertura muito maior das atividades econômicas.
O projeto de lei 44/2020, aprovado pela Câmara de Marília na terça-feira (dia 26 de maio), dá à cidade critérios técnicos, legais e sanitários para reabertura ampla. Mas segue engavetado no gabinete do prefeito Daniel Alonso esperando ser sancionado para se tornar lei.
Não é só um problema do comércio. É uma crise de toda a cidade e toda a região.
A flexibilização diferenciada vai deixar Marília ilhada entre regiões de maior expansão. Estamos sem condições de reagir e retomar capacidade geral de crescimento, o que é uma ameaça inclusive para serviços médicos e de fiscalização.
Essa conta será impagável.
Cobre do prefeito. Cobre do governador. Obre do deputado Vinícius Camarinha e de outros parlamentares, em nível estadual e federal, que usam a cidade a regional como base de exploração política.
Marília e região acumulam situações históricas de marginalização política e econômica. São décadas de descaso do governo estadual.
Subfinanciamento do Complexo Famema; perda de comandos da segurança pública enquanto a região vê brotar situações de riscos, como novos presídios; exclusão de grandes projetos de infraestrutura, como extensão da rodovia Castello Branco; exclusão na retomada da ferrovia ou a projeção de uma das maiores malhas de pedágios em rodovias, são alguns dos muitos casos.
Tudo isso atrasa a economia, prejudica a qualidade de vida, reduz capacidade de atendimento em saúde, em serviços. Paramos no tempo.
A marginalização no programa de flexibilização da quarentena é a cereja no bolo do descaso.
E não dá mais para engolir calado.
É hora de todos reagirem juntos.
Sindicato do Comércio Varejista de Marília e Região
Pedro Pavão – presidente”