O comércio varejista na região de Marília fechou 81 postos de trabalho no mês de julho, resultado de 1.387 admissões contra 1.468 desligamentos. Em 12 meses, foram eliminados 1.634 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de 3,4% do estoque total, que atingiu 46.894 trabalhadores formais no mês.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Das nove atividades analisadas, apenas o segmento de farmácias e perfumarias (0,2%) registrou crescimento no total de empregados em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado. As maiores quedas foram observadas nos segmentos de lojas de móveis e decoração (-9,4%), de concessionárias de veículos (-8,7%) e de materiais de construção (-5,4%).
“O cenário do emprego no varejo continua se agravando e ficando abaixo da quantidade verificada nos mesmos meses do ano anterior. A expectativa é que esse quadro não se altere a curto prazo e os próximos meses não registrem um grande saldo positivo por causa das contratações temporárias do fim de ano, prejudicando ainda mais a saúde financeira da população de nossa região”, destaca Pedro Pavão, presidente do Sincomercio Marília.
ESTADO
O comércio varejista do Estado de São Paulo parece começar a se recuperar de um longo período de encolhimento no total de empregados formais, que já durava sete meses. Em julho, o varejo paulista criou 401 empregos, resultado de 66.595 admissões e 66.194 desligamentos. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores atingiu a marca de 2.063.828 no mês, redução de 3,3% em relação a julho do ano passado.
Apesar do recuo na comparação anual, o setor não apresentava saldo positivo desde novembro de 2015, quando 13,6 mil trabalhadores foram contratados para atender a demanda do Natal, data mais importante para o comércio.
Mesmo com o saldo positivo em julho, apenas duas das nove atividades pesquisadas criaram novos empregos na comparação com o mesmo mês de 2015: os segmentos de farmácias e perfumarias aumentaram o número de empregados com carteira assinada em 1,9%, e os supermercados, em 0,3%. Os destaques negativos foram os setores de lojas de móveis e decoração (-7,9%), de concessionárias de veículos (-7,3%) e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-7,1%).